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Apoios por causa da seca “em condições de começar a chegar a partir de dezembro”

Com um acordo assinado com os parceiros sociais do sector da Agricultura, os tempos estão mais calmos para a ministra do sector. Maria do Céu Antunes tem medidas no OE para apresentar, mas ainda enfrenta críticas pelos alegados atrasos no pagamento de apoios. Em entrevista ao JE, a ministra faz o ponto de situação a estes e outros dossiers importantes.
27 Outubro 2023, 07h52

Um ano depois da última entrevista ao JE, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, explicou as medidas mais importantes do OE para os agricultores e fez o ponto de situação sobre o pagamento de apoios e programas de ajuda comunitários.

Qual é a medida deste orçamento que é mais impactante para a vida dos agricultores?
Eu gostava de começar por dizer que este orçamento é um orçamento que parte de um contexto externo que impacta diretamente a vida dos nossos agricultores: há condições adversas externas, a situação geopolítica, aquilo que se passa um pouco pelo mundo. A inflação, que está a descer, mas que ainda assim e graças a este contexto geopolítico, também traz para os agricultores e para os portugueses alguma incerteza, nomeadamente no que diz respeito aos preços dos bens energéticos. Mas depois também percebemos que no mercado interno e nomeadamente com o abrandamento da Zona Euro, podemos ver comprometido as nossas exportações, que aumentaram mais de 8,5% no primeiro semestre deste ano E, portanto, há um conjunto de circunstâncias que depois também se agravam com o aumento das taxas de juro, que condicionam a vida dos nossos agricultores e dos portugueses. Ainda assim, há um conjunto de condições positivas que a nossa economia e a situação financeira do país, nomeadamente por estar no rating A neste momento, coloca-nos num patamar diferente, assim como, do ponto de vista laboral, estarmos em números históricos de emprego e em números igualmente históricos, mas pela razão inversa, felizmente, de baixo desemprego.

Mas pode concretizar?
Eu gostava de enfatizar aquilo que é o investimento público, que na agricultura tem impacto positivo, já lá vamos, assim como também a estabilidade política e social que decorre, nomeadamente por termos assinado um acordo plurianual com os parceiros sociais onde os agricultores estão envolvidos. Isto são condições que para nós são de especial importância. Por isso, este orçamento é para as pessoas e para as empresas, nomeadamente apoiando e reforçando os rendimentos, promovendo o investimento e preparando o futuro. Claramente, o orçamento da agricultura, que é reforçado em cerca de 1,8%, estamos a falar de mais 26,5 milhões do que no período anterior, claramente está preparado para fazer face também a estes objetivos que temos, a estes constrangimentos e às oportunidades que se nos apresentam.

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