“Poupe tempo na gestão das redes sociais!” É assim que a Swonkie se apresenta ao mundo na sua página da internet. O nome da empresa, estranho ao ouvido português, vem de um acrónimo Switch On Network, que anuncia o propósito desta startup portuguesa criada em 2016: “o Swonkie é uma plataforma de gestão de redes sociais” disse João Cortinhas, um dos fundadores da empresa, ao Jornal Económico. “Vendemos tempo, conhecimento e poder de decisão aos players das redes sociais”, sintetizou.
A ideia de criar a uma plataforma de redes sociais surgiu depois de constatar que as ferramentas existentes no mercado eram ineficientes, explicou Cortinhas. Depois de cerca de três meses a fazer a trading na internet durante jogos de futebol, o cofundador do Swonkie contou a experiência num blogue. “Perdia 90 minutos a fazer um jogo de futebol e três ou mais horas a criar conteúdo e a partilhar nas redes sociais”, disse. “Foi aí que pensei que tinha de haver uma forma melhor”.
O Swonkie opera no B2B e, atualmente, tem como clientes – ou ‘Swonkie Partners’, como lhes chama Cortinhas – não só agências de marketing digital mas também empresas na indústria dos media, como o Grupo Havas. Mas as ferramentas do Swonkie estão “a aumentar a produtividade dos gestores de redes sociais”, disse Cortinhas. “O nosso produto é focado em agências, publishers, marcas e até freelancers que trabalhem as redes sociais em grande volume”.
Cortinhas revelou como o Swonkie é a “única plataforma de gestão de redes sociais portuguesa”. No entanto, como demonstram os sinais desta era digital, tal “não invalida que não tenhamos concorrência em Portugal, porque [qualquer] serviço online [tem] concorrência em qualquer parte do mundo”.
A aposta do Swonkie passa agora pela internacionalização da operação, disse Cortinhas. “Estamos focados em conquistar novos mercados, onde a concorrência ainda não é líder”. As atenções, num futuro próximo, vão centrar-se no Brasil e na América Latina. “O Brasil tem um potencial imenso”, defendeu o co-fundador da plataforma. “Hoje, em Portugal, temos um potencial de angariação de 300 agências. No Brasil, são 10.000”.
Até ao momento, o capital angariado pelo Swonkie situa-se acima dos 500 mil euros. “Temos um financiamento do PT2020 para a internacionalização”, explicou Cortinhas. Antes, o Swonkie marcou presença no programa Shark Tank Portugal, no qual a plataforma de gestão de redes sociais conseguiu convencer o tubarão Miguel Ribeiro Ferreira a investir 50.000 euros. Em cima da mesa está mais uma ronda de financiamento, mas Cortinhas, para não “ferir susceptibilidades”, mantém o nome dos investidores guardado a sete chaves. “Mas posso garantir que todos os investidores têm cartas dadas em produtos B2B como o nosso”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com