O mercado acionista da Arábia Saudita afundou este domingo, com os investidores preocupados com a deterioração das relações internacionais do país devido ao desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi. Em apenas duas horas, a desvalorização foi de 7% ou 33 mil milhões de dólares, o equivalente a cerca de 28,6 mil milhões de euros.
O índice benchmark de Riyadh acabou por recuperar algum terreno e fechou com uma perda de 3,5%. A maior queda intraday desde dezembro de 2014 (quando os preços do petróleo estavam em queda) deveu-se à pressão de vários países, incluindo os EUA, para que seja feita uma investigação ao desaparecimento.
Crítico do príncipe herdeiro saudita Mohamed ben Salman, o jornalista saudita, que vivia nos EUA e escrevia para jornais como o Washington Post, entrou a 2 de outubro no consulado saudita em Istambul, para tratar de assuntos administrativos e nunca mais foi visto. Quatro dias depois, fontes da investigação citadas pela imprensa turca afirmaram que o jornalista foi morto no consulado.
O presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu este sábado, em entrevista à CNBC, que a Arábia Saudita possa estar por trás do desaparecimento e advertiu que, se assim for, haverá um “castigo severo”. Também o ministro dos Negócios Estrangeiros turco pediu ao governo saudita que coopere na investigação.
Desde o desaparecimento, a 2 de outubro, as ações sauditas já acumulam uma desvalorização de 9% e anularam todos os ganhos registados pelo índice este ano, apesar de nos últimos doze meses ainda estar em terreno positivo, com um ganho de 8%.
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