A integração do Credit Suisse atirou o UBS para os primeiros prejuízos em seis anos, com o banco suíço a registar perdas de dois mil milhões de dólares relacionadas com a operação no terceiro trimestre. O UBS anunciou prejuízos de 785 milhões de dólares (734 milhões de euros) entre julho e setembro, acima dos 444 milhões de dólares estimados pelos analistas e que compara com 1.733 milhões de dólares no trimestre homólogo do ano anterior.
As receitas no terceiro trimestre somaram 11.695 milhões de dólares, acima dos 8.236 milhões. Sendo que a receita da margem financeira no trimestre atingiu 2.107 milhões o que compara com 1.596 milhões de dólares um ano antes.
O banco revelou que estabilizou a fuga de dinheiro dos clientes do Credit Suisse, mas revelou custos adicionais de mil milhões de dólares no último trimestre deste ano.
Nos nove meses o UBS registou um lucro de 29.235 milhões de dólares (resultado por ação de 8,95 dólares), muito acima dos 5.977 milhões no período homólogo de 2022. O ROE fixou-se em 54,5%.
As receitas no acumulado do ano até setembro atingiram o valor de 29.979 milhões de dólares, acima dos 26.534 milhões um ano antes. Aqui está incluído a receita de margem financeira que soma 5.202 milhões de dólares, o que compara com 5.032 milhões no período homólogo.
A compra do Credit Suisse degradou o rácio de eficiência que se fixou em 91,2% até setembro, quando um ano antes estava em 71%.
O rácio de capital CET1 atingiu os 14,4%.
“O UBS regista fortes fluxos, progressos significativos na integração e aceleração da liquidação de activos não essenciais no 3º trimestre”, lÊ-e no comunicado.
“Estamos a executar a integração do Credit Suisse a um ritmo acelerado e apresentámos uma rentabilidade subjacente (underlying profitability) para o Grupo no primeiro trimestre completo desde a aquisição. Os nossos clientes continuaram a depositar confiança em nós, contribuindo para fortes fluxos de entrada na gestão de património e na nossa marca suíço. Estamos optimistas em relação ao nosso futuro, à medida que construímos uma versão ainda mais forte e segura do UBS que foi chamado a estabilizar o sistema financeiro em março e do qual todos os nossos principais intervenientes se podem orgulhar”, refere Sergio P. Ermotti, CEO do Grupo, no comunicado.
“Para o terceiro trimestre de 2023, reportámos um lucro subjacente antes de impostos de 0,8 mil milhões de dólares, em comparação com uma perda subjacente estimada para o segundo trimestre de 2023 para a empresa combinada (UBS + Credit Suisse). A melhoria foi impulsionada pela alavancagem operacional positiva ao nível do Grupo”, refere o comunicado.
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