Já estão escolhidas as startups que venceram a edição deste ano do programa de Aceleração do Blue Bio Value, que é promovido pela Fundação Oceano Azul e pela Fundação Calouste Gulbenkian.
A BlueBlocks e a Zeefier, ambas dos Países Baixos, e a britânica Aquanzo são as startups vencedoras do programa Blue Bio Value Aceleração, que contribui para o desenvolvimento de soluções que refletem o potencial do oceano na descarbonização da economia.
Vão receber um valor global de 45 mil euros, a aplicar no desenvolvimento das suas empresas através da Blue Demo Network, uma rede de serviços de bioeconomia azul, sediada em Portugal, cuja missão é apoiar as startups a encontrar nas infraestruturas e serviços portugueses respostas às suas necessidades de desenvolvimento tecnológico e de mercado.
Duas das vencedoras são dos Países Baixos e outra do Reino Unidos. Uma delas, a BlueBocks, utiliza biomassa de algas originária de resíduos da indústria, algas cultivadas em mar aberto e até provenientes de blooms de algas, produzindo revestimentos e materiais para decoração de interiores.
Outra das vencedoras, a Zeefier, produz pigmentos para têxteis, a partir de algas. Com origem no oceano, estes tingimentos são 100% naturais, com reduzido gasto de água e energia, sendo, por isso, uma solução sustentável.
Do Reino Unido, a Aquanzo produz Artémia, que funciona como um substituto da proteína animal selvagem, atualmente utilizada em rações para aquacultura, reduzindo a necessidade de explorar os recursos naturais do oceano.
Segundo o comunicado, durante dez semanas, as 19 startups de biotecnologia selecionadas de entre as mais de 100 candidaturas beneficiaram de apoio, mentoria e networking no ecossistema bluebiotech com foco em Portugal.
Tiago Pitta e Cunha, Administrador Executivo da Fundação Oceano Azul, destacou em comunicado “o papel que todas estas startups podem desempenhar, com as suas soluções inovadoras, na construção de uma verdadeira bioeconomia azul, que valorize o capital natural do país e do mundo. A construção de um sistema económico sustentável é crucial para o futuro
do oceano e para o nosso futuro”.
“As startups participantes desenvolvem soluções descarbonizadoras e sustentáveis com base em biorrecursos marinhos, promovendo a recuperação dos ecossistemas marinhos e tirando partido do enorme potencial que um oceano saudável pode ter na criação de produtos e serviços”, refere a Fundação Oceano Azul.
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