O presidente executivo (CEO) do Banco Montepio enviou nesta segunda-feira um vídeo com uma mensagem aos colaboradores onde faz o balanço de 2020, a que apelida de “ano muito difícil marcado pelos constrangimentos da pandemia”, e a anunciar algum otimismo para o futuro do banco da Associação Mutualista.
Para este ano, de 2021, Pedro Leitão anuncia que “vamos aumentar a nossa relevância no apoio às famílias e aos particulares, com foco no crédito à habitação, no crédito pessoal e nos meios de pagamento”.
No caso das empresas “queremos estreitar as relações de parceria com empresários e empresas de várias dimensões, através da aplicação das linhas protocoladas e de outros instrumentos que venham a ser criados”. O CEO do banco promete ainda “alargar a intervenção que já temos na economia social”.
“Para mantermos esta nossa rota, iremos reforçar o foco no cliente. Seja na oferta, seja na entrega e no modelo de serviço. Iremos investir na plataforma tecnológica e na salvaguarda da nossa marca” anuncia Pedro Leitão aos trabalhadores do banco.
O CEO do Banco Montepio diz também no vídeo enviado aos colaboradores que “daremos continuidade ao processo de ajustamento na nossa organização, nos mais variados domínios e daremos seguimento à melhoria da equidade interna”.
Contactado o Banco Montepio disse, “que não vamos comentar”.
Recorde-se que em setembro de 2020, a administração do Montepio comunicou a todos os trabalhadores, por e-mail, os principais objetivos do plano de reestruturação. O banco estimava em setembro um intervalo de saídas entre os 600 e os 900 trabalhadores. Segundo o e-mail que os jornais na altura tiveram acesso, o CEO do banco disse que “com base nos cenários analisados e nesse quadro plurianual, estima-se um intervalo máximo indicativo de redução de pessoas entre 600 a 900, tendo para o efeito sido requerida junto das entidades competentes a possibilidade de alargamento de quota para subsidio de desemprego”.
Na mesma mensagem de setembro Pedro Leitão revelava que “tendo em conta as circunstâncias atuais e incertezas futuras, bem conhecidas de todos e os desafios que se colocam ao banco, ao setor e ao país, a Administração entendeu necessário ajustar objetivos e medidas já previstos no Plano de Transformação com a adoção de um programa de ajustamento multidimensional e plurianual”.
O objetivo, assumiu na altura, é tornar o Montepio um “banco eficiente e rentável”.
Também na altura, Pedro Leitão detalhava que as saídas de pessoas resultam também do fecho de balcões. “Por forma a otimizar o mix de distribuição, foi decidido o encerramento de 37 balcões redundantes geograficamente e estão em análise cerca de 40 balcões, segundo critérios de relevância geográfica, rentabilidade e dimensões do mercado”, referia na nota interna.
Banco Montepio inverte tendência e cresce no crédito em 2020
Na mensagem desta segunda-feira Pedro Leitão mostrou-se otimista e começou por agradecer aos colaboradores do banco. “Juntei-me a vós há um ano e sinto-me inspirado como no primeiro dia”, diz.
“Num ano muito difícil marcado pelos constrangimentos da pandemia fomos capazes de dar início a um processo de ajustamento que é vital para o nosso banco e fomos capazes de voltar a crescer no crédito, invertendo aquilo que era uma tendência verificada nos últimos anos”, refere a mensagem de motivação do CEO do banco.
“No caso do crédito às empresas crescemos de forma significativa em todos os segmentos. No apoio às famílias e particulares registamos hoje níveis de produção de crédito hipotecário de que não havia memória nos últimos 10 anos e no caso da economia social excedemos todos os objetivos e tomámos mais de 40% da Linha de Apoio Covid-19”, lembra Pedro Leitão.
O CEO do Banco Montepio diz ainda que “continuámos também a entregar funcionalidades digitais que facilitam a vida dos nossos clientes, como foi o caso da adesão às moratórias e a alterar o processo e procedimentos de forma ágil e robusta”.
“Paralelamente melhorámos o controlo interno e gerimos bem a crise sanitária. Apesar da adversidade garantimos a continuidade do nosso negócio e a salvaguarda das nossas pessoas”, refere o banqueiro.
“Esse trabalho que estamos a fazer em conjunto é uma evidência clara da nossa resiliência, capacidade de adaptação e agilidade”, destaca o presidente executivo do banco.
“Colegas, carregamos uma enorme responsabilidade, a de ter à nossa guarda três ativos fundamentais, um legado com quase dois séculos, a marca mais antiga do sistema financeiro português, e a confiança de cerca de um milhão de clientes. Quando enfrentamos uma dos períodos mais desafiantes da história da humanidade, há uma certeza que podemos ter: Os próximos anos exigirão o melhor de todos nós”, diz ainda Pedro Leitão.
“Olhando para o futuro o caminho é sermos um banco mais preparado, mais simples e mais ágil”, garante o CEO.
“A caminhada que temos pela frente é exigente. Estamos convocados a entregar o melhor de nós, mostrando resiliência, determinação e entreajuda. Só assim estaremos a honrar os nossos valores”, conclui Pedro Leitão na sua mensagem aos colaboradores.
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