Crédito à habitação e consumo sobe em outubro para 2,5 mil milhões

Em outubro, as novas operações de empréstimos aos particulares totalizaram 2.532 milhões de euros, mais 24 milhões do que em setembro.

No mesmo mês, 64% do montante de novas operações de crédito para habitação própria permanente foram com taxa mista, revela ainda o supervisor da banca.

“Verificaram-se aumentos nas finalidades de habitação, de consumo e de outros fins, de sete milhões, 16 milhões e um milhão de euros, respetivamente”, refere o Banco de Portugal nas estatísticas de taxas de juro e de montantes de novos empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares atualizadas para outubro de 2023.

O crédito à habitação em outubro somou 1.880 milhões de euros; o crédito ao consumo fixou-se em 450 milhões e o crédito para outros fins 202 milhões de euros.

No que toca às taxas de juro e montantes de novos empréstimos dos particulares, o BdP revela que a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação diminuiu ligeiramente, de 4,25% em setembro para 4,23% em outubro.

Também a taxa de juro média dos novos empréstimos para outros fins diminuiu, de 5,35% para 5,33%.

Já nos novos empréstimos para consumo, subiu de 8,97% para 9,18%.

O Banco de Portugal dá destaque ao crédito à habitação numa análise que incide exclusivamente sobre os novos empréstimos e o stock de empréstimos concedidos a particulares para habitação própria permanente.

Em outubro, os novos empréstimos à habitação com taxa mista (isto é, empréstimos com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período em que a taxa de juro é variável) representaram 64% do total de novos empréstimos à habitação.

“O aumento do peso das novas operações a taxa mista tem-se refletido na alteração de composição do stock de empréstimos para habitação própria permanente”, revela o BdP que diz ainda que entre janeiro e outubro de 2023, o peso do stock de empréstimos a taxa mista quase duplicou, pois “passou de 7,0% para 13,3% do total do crédito para habitação própria permanente”.

Ainda assim, em outubro, os empréstimos a taxa variável continuavam a ser predominantes, representando 82,9% do total do crédito para habitação própria permanente.

No que se refere ao crédito a empresas, os números revelam que em outubro, o montante de novos empréstimos concedidos foi de 1.550 milhões de euros, ou seja, menos 59 milhões do que no mês anterior. Esta queda foi justificada pela diminuição de novos empréstimos acima de um milhão de euros. Estes caíram 77 milhões de euros (passaram de 713 milhões para 636 milhões de euros).

Em sentido contrário, os novos empréstimos até um milhão de euros aumentaram 18 milhões de euros, fixando-se em 914 milhões de euros.

A taxa de juro média dos novos empréstimos às empresas aumentou de 5,81% em setembro para 5,89% em outubro. Este aumento verificou-se quer nos empréstimos até um milhão de euros (de 5,97% para 6,07%), quer nos empréstimos acima de um milhão de euros (de 5,62% para 5,63%), revela o BdP.