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Superliga. Clubes europeus apoiam FIFA e UEFA e rejeitam “agendas que minem” o futebol europeu

Clubes europeus garantem estar “mais unidos do que nunca contra as tentativas de alguns indivíduos com agendas pessoais para minar os próprios fundamentos e princípios básicos do futebol europeu”, destaca a associação em comunicado.
21 Dezembro 2023, 12h55

A Associação Europeia de Clubes (ECA), que representa cerca de 500 clubes de futebol profissional de toda a Europa, reiterou o apoio à FIFA e à UEFA no sentido de serem estas a determinar o enquadramento competitivo do futebol mundial e europeu, numa reação ao acórdão do Tribunal de Justiça Europeu (TJE).

A decisão conhecida esta quinta-feira é contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibir atletas e clubes de participarem em competições privadas. O mais alto órgão administrativo da UE considerou que a UEFA e a FIFA abusaram da sua “posição dominante” na sua ação contra a criação da controversa Superliga de futebol.

Esta é uma decisão que não permite recurso e que deve ser aplicada pelo tribunal espanhol que está a apreciar o caso, em resposta à denúncia apresentada em abril de 2022 pelas empresas gestoras do projeto desportivo – A22 Sports Management e European Super League.

“Para ser absolutamente claro, o acórdão não apoia nem aprova, de forma alguma, qualquer tipo de projeto de Superliga”, começa por referir o comunicado da entidade de representa os clubes.

Defende a ECA que “desde que o processo judicial foi instaurado, há dois anos, já foram postas em prática importantes reformas progressivas da governação em todo o ecossistema do futebol na Europa e no Mundo, incluindo novas regras da UEFA para a pré-autorização de competições e, em especial, reformas ao abrigo do Memorando de Entendimento da ECA com a UEFA e a FIFA (assinados em setembro e março deste ano)”. Detalha a associação que “atualmente, através da ECA, os clubes já se encontram no centro da tomada de decisões relativamente às competições em que participam”.

 Desta forma, a ECA considera que “o mundo do futebol abandonou a Superliga há anos e as reformas progressivas vão continuar” e defende ainda que “o futebol é um contrato social e não um contrato jurídico”.

“Todas as partes interessadas do futebol europeu e mundial – abrangendo confederações, federações, clubes, ligas, jogadores e adeptos – estão mais unidas do que nunca contra as tentativas de alguns indivíduos com agendas pessoais para minar os próprios fundamentos e princípios básicos do futebol europeu”, destaca a associação em comunicado.

 A concluir, a ECA continuará a trabalhar com a UEFA, a FIFA e todas as partes interessadas do futebol para desenvolver o jogo de forma positiva e progressiva, com base nos princípios da meritocracia desportiva, da inclusão, da concorrência aberta e da transparência.

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