O Bloco de Esquerda apontou baterias à direita na primeira intervenção na discussão na generalidade do último orçamento desta legislatura, esta segunda-feira, na Assembleia da República, mas pressionou o Governo sobre a incógnita dos aumentos salariais na Função Pública.
A deputada bloquista Mariana Mortágua defendeu que “quando a próxima crise chegar, e todos sabemos que ela virá, o que vai fazer a diferença é saber se o país soube investir para proteger o Estado social”, e não as metas do défice.
Neste sentido, questionou o ministro das Finanças, Mário Centeno, sobre os aumentos salariais para a Função Pública, defendendo que “o Orçamento do Estado (OE) não é um envelope secreto”.
“Pergunto-lhe concretamente: quanto e quando vão os funcionários públicos saber o seu aumento salarial”, questionou.
Mariana Mortágua considerou ainda que “o alargamento da CESE às renováveis arrisca-se a ser um flop”, questionando “a isenção das centrais para consumo”.
No primeiro dia de discussão do último orçamento que será aprovado por a atual solução governativa nesta legislatura, a deputada do BE criticou ainda a direita.
“Que alternativa tem hoje para apresentar quem sempre disse que não havia alternativa à austeridade? O discurso do susto, do papão, do diabo falhou e não há medo que neste momento sustente o projecto da direita”, disse, acrescentando que a recuperação económica se deu “porque demos garantias às pessoas”.
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