[weglot_switcher]

Mariana Mortágua: “O orçamento não é um envelope secreto”

Deputada do Bloco de Esquerda questionou o ministro das Finanças, Mário Centeno, sobre os aumentos salariais para a Função Pública, no primeiro dia do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2019.
29 Outubro 2018, 16h24

O Bloco de Esquerda apontou baterias à direita na primeira intervenção na discussão na generalidade do último orçamento desta legislatura, esta segunda-feira, na Assembleia da República, mas pressionou o Governo sobre a incógnita dos aumentos salariais na Função Pública.

A deputada bloquista Mariana Mortágua defendeu que “quando a próxima crise chegar, e todos sabemos que ela virá, o que vai fazer a diferença é saber se o país soube investir para proteger o Estado social”, e não as metas do défice.

Neste sentido, questionou o ministro das Finanças, Mário Centeno, sobre os aumentos salariais para a Função Pública, defendendo que “o Orçamento do Estado (OE) não é um envelope secreto”.

“Pergunto-lhe concretamente: quanto e quando vão os funcionários públicos saber o seu aumento salarial”, questionou.

Mariana Mortágua considerou ainda que “o alargamento da CESE às renováveis arrisca-se a ser um flop”, questionando “a isenção das centrais para consumo”.

No primeiro dia de discussão do último orçamento que será aprovado por a atual solução governativa nesta legislatura, a deputada do BE criticou ainda a direita.

“Que alternativa tem hoje para apresentar quem sempre disse que não havia alternativa à austeridade? O discurso do susto, do papão, do diabo falhou e não há medo que neste momento sustente o projecto da direita”, disse, acrescentando que a recuperação económica se deu “porque demos garantias às pessoas”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.