A Revolut publicou apenas esta sexta-feira os resultados financeiros de 2022, um ano no qual voltou a apresentar lucros, embora com uma queda expressiva. O resultado líquido tombou para sete milhões de euros em relação aos 30 milhões de euros do ano anterior.
Em causa estarão significativos investimentos em lançamentos de produtos e funcionalidades na app, bem como despesas operacionais, de 252 milhões de euros, em vendas e marketing (por exemplo, investiu na sua maior campanha publicitária de sempre no Reino Unido) na entrada no mercado brasileiro e neozelandês e em recrutamento.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de 27 milhões de euros, enquanto a receita alcançou os 1,1 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 45% comparativamente a 2021, apesar do mercado de criptomoedas ter contraído.
As receitas do negócio de cartões e câmbios aumentaram 105%, em termos homólogos, para os 359 milhões de euros em 2022, enquanto a faturação das subscrições subiu 48% para os 185 milhões de euros.
O neobanco também sentiu a melhoria nas contas à boleia das taxas de juro, o que se confirma pelo facto de o rendimento de juros sobre ativos ter disparado para os 97 milhões de euros, mais 95 milhões do que em 2021, devido aos juros, depósitos e desenvolvimento de recursos de tesouraria.
O CEO e cofundador do banco digital, Nik Storonsky, considera que 2022 “foi excelente” para a Revolut, porque a empresa se distanciou da concorrência. “Fortalecemos a nossa posição financeira, alargámos a nossa base de clientes, lançámos vários novos produtos, expandimos para novos mercados e reforçámos a nossa infraestrutura de risco, conformidade e gestão”, afirmou, numa mensagem publicada com o relatório financeiro.
No ano passado, o segundo de rentabilidade, a Revolut conseguiu quase 10 milhões de novos utilizadores, tendo os depósitos aumentado 17% relativamente ao ano anterior. No quatro trimestre, o nível de margem de lucro bruto foi de 80%.
Nos primeiros três meses deste ano corrente, a fintech também conseguiu manter o crescimento, estando agora a prever atingir os dois mil milhões de euros em receitas até dezembro e registar uma margem de lucro líquido de dois dígitos no final de 2023. O número de clientes encontra-se nos 35 milhões e o de trabalhadores a rondar os seis mil em todo mundo.
“Apesar do desafiante cenário macroeconómico e geopolítico, 2022 foi um ano excelente para a Revolut. Fizemos investimentos substanciais nos nossos produtos, tecnologias, risco, conformidade e gestão, enquanto exercemos uma gestão de custos rigorosa e disciplinada”, comentou o presidente do conselho de administração da Revolut, Martin Gilbert.
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