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Bruxelas analisa investimento da Microsoft na OpenAI

A Comissão Europeia está a verificar se o negócio pode ser investigado ao abrigo do Regulamento das Fusões da União Europeia.
9 Janeiro 2024, 12h51

A Comissão Europeia está a verificar se o investimento da Microsoft na OpenAI, que é superior a dez mil milhões de dólares (cerca de nove mil milhões de euros), pode ser revisto ao abrigo do Regulamento das Fusões da União Europeia (UE).

A informação foi transmitida esta terça-feira pela instituição liderada por Ursula von der Leyen. Só se essa participação na dona do ChatGPT se reger pela legislação de fusões da UE é que Bruxelas poderá, eventualmente, abrir uma investigação mais aprofundada.

O executivo comunitário está também a analisar alguns dos acordos que foram celebrados entre outras grandes empresas e fornecedores de Inteligência Artificial (IA) generativa, nomeadamente o impacto destas parcerias na dinâmica do mercado, embora os nomes não tenham sido revelados.

Paralelamente, a Comissão Europeia lançou esta manhã dois convites à apresentação de contribuições sobre concorrência nos mundos virtuais e IA generativa e fez pedidos de informação a grandes operadores tecnológicos sobre a temática digital que mais marcou 2023.

“Todas as partes interessadas são convidadas a partilhar a sua experiência e a fornecer feedback sobre o nível de concorrência no contexto dos mundos virtuais e da IA generativa, e as suas ideias sobre como o direito da concorrência pode ajudar a garantir que estes novos mercados permaneçam competitivos”, garante a Comissão Europeia.

Os interessados podem enviar as respostas até 11 de março. Depois, Bruxelas irá consultar e avaliar essas contribuições e, no segundo trimestre, poderá organizar um workshop no segundo para reunir as diferentes perspetivas e continuar a reflexão sobre esta tecnologia de vanguarda, que está a transformar o consumo e os modelos de negócio.

“Os mundos virtuais e a IA generativa estão a desenvolver-se rapidamente. É fundamental que estes novos mercados permaneçam competitivos e que nada impeça o crescimento das empresas e o fornecimento dos melhores e mais inovadores produtos aos consumidores”, comentou a vice-presidente executiva da Comissão Europeia, responsável pela política de concorrência, Margrethe Vestager.

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