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Adão e Silva: “Houve contraproposta da Global Media para adquirir posição do Estado na Lusa”

“Houve uma contraproposta da Global Media no sentido de adquirir ao Estado a participação que temos na Lusa. Não levámos a sério”, referiu o ministro da Cultura na audição parlamentar esta quarta-feira.
Mário Cruz/Lusa
10 Janeiro 2024, 12h20

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, revelou esta quarta-feira que foi difícil levar a sério a Global Media uma vez que este grupo de comunicação social fez uma contraproposta ao Estado para adquirir a participação pública existente na Lusa.

Na comissão parlamentar que decorre esta quarta-feira, o governante respondeu a Paula Santos, líder parlamentar do PCP, e referiu que a contraproposta da Global Media para a aquisição da participação deste grupo na Lusa, teve uma contraproposta que surpreendeu o ministro: “Houve uma contraproposta da Global Media no sentido de adquirir ao Estado a participação que temos na Lusa. Não levámos a sério”, referiu.

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, revelou esta quarta-feira em audição parlamentar que a proposta do Governo para a aquisição das ações da Global Media no capital na Lusa seria de 2,5 milhões de euros, em resposta à pergunta do deputado do PSD, Alexandre Poço.

Na comissão parlamentar para debate sobre a situação existente na Global Media, o governante falou da situação da Lusa e sobre as movimentações relativamente à possibilidade do Estado reforçar a sua posição na agência de notícias.

Sobre a proposta, Pedro Adão e Silva destacou que “a carta que a direção geral do Tesouro entregou a Marco Galinha para adquirir as ações da Global Media, referia um preço de 2,5 milhões de euros”. Sublinhou o ministro que manteve sempre a reserva e só conversou com os responsáveis que os partidos indicaram para falar sobre esta matéria.

“Os contactos que tive foi sempre com Marco Galinha e o que me foi dito é que isto deveria ser concretizado antes da entrada dos novos acionistas. Nunca pensei que uma alteração no modelo de governação na Lusa fosse uma forma da Global Media resolver problemas de tesouraria. Houve uma tentativa do PSD de aproveitamento político porque o PSD passou informação ao Eco que o Governo iria reforçar a posição no capital da Lusa”, acusou o ministro.

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, defendeu esta quarta-feira que a Agência Lusa corre o risco de passar a ter um acionista hostil, tendo em conta a situação que se passa na Global Media, acionista na agência noticiosa.

“Não temos nenhuma experiência de ter um acionista hostil na Lusa e neste momento temos essa possibilidade com o que se passa na Global Media. Para procedermos essa alteração (do modelo de governação), o Conselho de Administração tem que aprovar isso por unanimidade”, referiu o governante em resposta a Joana Mortágua, deputada do BE.

 

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