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Espanha: Preço do azeite deverá continuar a subir no primeiro trimestre, prevê presidente da Deoleo

No final de 2023, os preços do azeite em Espanha tiveram um abrandamento ligeiro, mas voltaram a subir no início de 2024, devido à campanha deficitária em matéria-prima. Os dados mais recentes do Ministério da Agricultura espanhol apontam para um preço médio de nove euros por litro na primeira semana de 2024.
19 Janeiro 2024, 19h46

Os preços do azeite em Espanha deverão continuar a subir, pelo menos, durante o primeiro trimestre, de acordo com o presidente da gigante Deoleo.

“Estamos num [primeiro] trimestre em que os preços vão subir. Espero que no segundo trimestre abrandem e que, a partir de junho, comecem a baixar”, afirmou Ignacio Silva, citado pelo “El Economista”, à margem de uma reunião no Ministério da Agricultura espanhol.

No final de 2023, os preços do azeite em Espanha abrandaram ligeiramente, mas voltaram a subir no início de 2024 devido à campanha deficitária em matéria-prima. Os dados mais recentes do Ministério da Agricultura espanhol apontam para um preço médio de nove euros por litro na primeira semana de 2024.

De acordo com o presidente da multinacional sediada em Córdoba, a colheita da época rondará os 800 mil quilos, acima da previsão inicial de 756 mil. Contudo, o rendimento das oliveiras é “inferior ao esperado”, alerta Ignacio Silva.

O preço do azeite em Espanha aumentou 54,6% em dezembro, comparando com o mesmo mês de 2022, e subiu 165,5% nos últimos três anos.

O ministério liderado por Luis Planas e o presidente da Deoleo mostraram-se confiantes no alívio dos preços com a suspensão do IVA sobre o azeite, acordada entre o Governo e a Junts (Juntos pela Catalunha). “Vai ter um efeito positivo. Quantificá-lo será complicado, porque o seu preço depende de fatores como a pluviosidade. Mas será positivo quando o projeto de lei for aprovado e publicado no BOE [Boletim Oficial do Estado]”, defendeu Planas.

Espanha é o maior produtor de azeite do mundo e o segundo com consumo mais elevado ‘per capita’, a seguir à Grécia, representando 70% da produção da União Europeia (UE) e 45% da mundial.

As estimativas oficiais do país apontam para uma produção baixa na campanha 2023/2024, pelo segundo ano consecutivo, por causa da seca.

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