[weglot_switcher]

Queda agressiva do BCP após venda da Fosun leva PSI para o ‘vermelho’

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta terça-feira em queda, num dia marcado pela desvalorização dos títulos do BCP. De resto, o sentimento negativo foi notório nos principais índices europeus.
24 Janeiro 2024, 07h30

As ações do BCP desvalorizaram 6,75%, e terminaram a sessão desta terça-feira a serem negociadas em 0,2681 euros, num sinal de que os investidores ficaram fortemente desiludidos com a venda de 5,6% do capital social do banco por parte da Fosun.

De recordar que o conglomerado chinês colocou a participação à venda na segunda-feira, após o encerramento dos mercados. O negócio ficou fechado por 235,2 milhões de euros e a Fosun passa a deter 20,03% do BCP. O grupo chinês não deixa de ser o maior acionista daquela instituição financeira, mas fica com uma margem substancialmente mais curta para o segundo maior, que é a petrolífera angolana Sonangol (19,49%).

A queda marcou de forma acentuada a sessão da Bolsa de Lisboa, que perdeu 1,06% na sessão desta terça-feira e ficou-se pelos 6.268,80 pontos, em linha com o clima negativo que se viveu entre as principais praças europeias. Ainda no que diz respeito a perdas, a EDP resvalou 0,87%, para 4,237 euros, ao passo que a REN recuou 0,65% e encerrou nos 2,29 euros.

Por outro lado, sinal ‘verde’ para a Altri, cujos títulos deram um salto de 2,39% e alcançaram os 4,632 euros, a par da Navigator que, com uma subida de 1,97%, fechou nos 3,722 euros. Seguiram-se os CTT, que somaram 0,68%, até aos 3,68 euros.

Os mais importantes mercados europeus foram igualmente protagonistas de perdas, particularmente em Espanha, cujo principal índice derrapou 1,10%. Seguiu-se Itália, a resvalar 0,36%, França nos 0,34% e Alemanha com 0,32%, enquanto o índice agregado Euro Stoxx 50 derrapou 0,31% esta terça-feira. A queda mais ligeira registou-se no mais importante índice da praça de Londres, ao perder 0,05%.

Quando terminou a sessão, o barril de brent estava a negociar pouco acima dos 80 dólares, o que corresponde a uma subida na ordem de 0,04%.

Esta quarta-feira vai ficar marcada por importantes dados macroeconómicos, desde logo os dados sobre a inflação na zona euro em dezembro. Segue-se, já de tarde, o discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE, que poderá dar luzes sobre quando as taxas de juro vão recuar pela primeira vez, depois da política de aumentos agressivos.

Nos Estados Unidos, vão ser conhecidos importantes dados no que diz respeito às vendas a retalho, produção industrial e índice de preços nas exportações e importações.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.