Poder, força, boa sorte e sabedoria. São estas as qualidades que o dragão representa na cultura chinesa. Mas à entrada para o novo ano (arranca a 10 de fevereiro), o dragão chinês enfrenta vários desafios que poderão deixar marcas duradouras.
Para os próximos anos, a perspetiva é que a economia venha a desacelerar. Depois de um crescimento de 5,2% em 2023, o Fundo Monetário Internacional (FMI) espera um desacelerar para os 4,6% este ano com as “fraquezas no mercado imobiliário e na fraca procura externa”. Até 2028, a tendência será de recuo, com a economia a crescer 3,4% nesse ano segundo a perspetiva do FMI que aponta para os ventos adversos da “fraca produtividade e do envelhecimento da população”. O Fundo não foi meigo na sua avaliação: “a incerteza sobre o outlook é elevada”. A avaliação do Fundo foi imediatamente taxada por Pequim como “pessimista”, aconselhando-o a “estudar cuidadosamente” as perspetivas para ajudar a “estabilizar” a confiança.
Analisando a perspetiva para a economia, o economista Filipe Garcia começa por destacar que a “China já ultrapassou com sucesso a primeira fase do desenvolvimento, na qual as taxas de crescimento são mais altas até porque a produtividade dispara. Estamos a falar duma 1ª fase de industrialização, de educação, retirada de uma parte relevante da população de uma condição de pobreza extrema, urbanização, etc. O país partia de uma base baixa e houve a utilização maciça de mão de obra barata e de processos de industrialização que tornavam a China competitiva numa base internacional. Por outro lado, o investimento de capital estrangeiro fluiu, a demografia ajudava e o sector imobiliário cresceu a ponto de valer cerca de 30% do PIB”.
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