A operadora espanhola Telefónica perdeu 892 milhões de euros no ano passado, encerrando as contas no ‘vermelho’, algo que não acontecia desde 2002.
Segundo a imprensa espanhola, o resultado negativo deveu-se ao impacto da redução de 3.107 milhões de libras (3,6 mil milhões de euros) na subsidiária Virgin Media O2 e também do custo do plano de despedimento em Espanha, na ordem dos 1,3 mil milhões de euros, com a redução de 3.400 trabalhadores.
Com um peso conjunto de 4.386 milhões de euros, estes dois ajustes em 2023 empurraram as contas para terreno negativo. Excluindo estes ajustes, a operadora de telecomunicações apresentaria uma faturação de 2.369 milhões de euros, verificando-se um aumento homólogo de 17,1% face a 2022.
Só estas duas operações representaram um prejuízo para o quarto trimestre, com um peso de 2.154 milhões. Ainda assim, os últimos três meses apresentaram um lucro de 730 milhões de euros.
Estes números surgem num momento em que a Saudi Telecom comprou 9,9% do capital da empresa, ainda que não tenha obtido autorização do governo espanhol para ultrapassar o patamar dos 5%. Também o Estado espanhol adquiriu 10% da empresa, tornando-se no acionista maioritário.
Apesar deste peso significativo, a Telefónica manteve uma trajetória de crescimento positiva. No ano passado, a operadora obteve receitas de 40.652 milhões de euros, mais 1,6% que em 2022, sendo este o maior volume de negócios desde 2020. Ora, só no quarto trimestre as vendas ficaram em 10.153 milhões de euros.
A empresa de telecomunicações aponta que o negócio para empresas se consolidou em 2023, tornando-se numa alavanca de crescimento, tendo observado um aumento orgânico de 6,3% na faturação.
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