Para a administradora do Modelo-Continente (MC), Isabel Barros, criar valor é criar negócios mais sustentáveis e resilientes, e tornar as organizações e as suas cadeias de valor e abastecimento mais resilientes.
Isabel Barros falava no Congresso Nacional da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que se realiza na Madeira, numa intervenção intitulada ‘Sustentabilidade e criação de valor: o futuro hoje’.
A administradora da MC salientou que é também através da sustentabilidade que se acrescenta valor às organizações.
Para Isabel Barros “é impossível” falar de criação de valor e de negócios resilientes, sem falar de contexto num mundo que “não volta para trás” num mundo que “está diferente”, e que vai viver com estas “alterações constantes”, referindo-se a acontecimentos como a pandemia e as guerras que se encontram ativas.
“Criar valor é ter empresas que se adaptam e que vivam neste contexto”, sublinhou Isabel Barros.
Isabel Barros citou um estudo, onde a Sonae esteve envolvida, onde os consumidores e clientes têm no topo das suas preocupações os custos vida, alterações climáticas, os baixos salários e a degradação do ambiente.
Relativamente aos temas mais relevantes quando se fala em sustentabilidade surgiram o combate às alterações climáticas, a redução do desperdício alimentar, e a otimização do consumo de recursos.
Quando questionados que atitude possuem relativamente ao consumo de produtos sustentáveis 8% indicou que procura comprar sempre o que é mais sustentável, mesmo que seja mais caro, 82% disse que procurava comprar o que é mais sustentável, desde que não seja significativamente mais caro, e 10% disse que não é um critério de escolha importante para mim.
Isabel Barros sublinhou que o quadro regulatório é também um “importante driver e acelerador” da transformação necessária para as organizações.
Durante a sua intervenção no Congresso Nacional da AHP, Isabel Barros salientou que 70% dos CEO já integram a sustentabilidade nos seus negócios como driver de criação de valor, e que nos próximos três anos 24% acredita que a sustentabilidade terá o maior impacto nas suas relações com os clientes, e que 16% refere que ajudará a construir a reputação da sua marca.
Isabel Barros salientou alguns dos objetivos que a MC pretende atingir no que diz respeito à sustentabilidade. Um deles passa pela eletrificação da frota. Outra meta é reduzir em 50%, até 2028, o desperdício alimentar das operações da empresa, face a 2020.
A MC quer garantir que todas as embalagens de marca própria serão recicláveis, compostáveis ou reutilizáveis até 2025 e que incorporarão em média 30% de matéria reciclada.
A empresa pretende até 2032, reduzir em 31% as emissões de gases com efeito de estufa da caleira de valor, face a 2022, e também democratizar o acesso a uma cesta mais saudável e sustentável.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com