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Presidente da Renault interrogado por suspeitas de fraude fiscal

Autoridades japonesas suspeitam que Carlos Ghosn tenha declarado um rendimento inferior aquele que aufere na realidade. As ações da Renault e Nissan caíram de forma abrupta na bolsa como consequência desta investigação.
Carlos Ghosn
19 Novembro 2018, 10h57

O presidente da Renault, Carlos Ghosn está a ser interrogado no Japão por suspeitas de fraude fiscal e por ter declarado um salário inferior àquele que aufere de facto, revela a agência “Reuters”, citando o jornal nipónico “Asahi”.

Carlos Ghosn que é também o chairman da Nissan Motor encontra-se a ser ouvido pelas autoridades japonesas, existindo neste momento a dúvida se já terá ou não sido detido. A sede da Nissan bem como outros espaços ligados à fabricante de automóveis estão a ser alvos de buscas.

Esta situação está já a provocar a queda abrupta das duas empresas cotadas em bolsa. A Renault está a cair mais de 13%, enquanto a Nissan se encontra a desvalorizar 7%. Nascido no Brasil, descendente de libaneses e cidadão francês, Carlos Ghosn iniciou sua carreira na Michelin em França, seguindo depois para a Renault.

Juntou-se à Nissan em 1999, tendo sido escolhido para CEO em 2001, lugar que ocupou até ao ano passado. Em junho, deste ano os acionistas da Renault aprovaram a remuneração de Ghosn de 7,4 milhões de euros a serem distribuídos pelos resultados do último ano. Além disso, Carlos Ghosn terá lucrado 9,2 milhões de euros no seu último ano como presidente executivo da Nissan.

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