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Nadia Calviño apresenta nova estratégia do BEI com forte apoio do Parlamento Europeu

No campo da tecnologia, o BEI vai investir na aceleração da digitalização e da inovação tecnológica, prevendo lançar um novo Fundo de Aceleração das Tecnologias Estratégicas e da Resiliência Económica (FASTER) de apoio ao investimento em circuitos integrados, IA, ciências da vida, bem como materiais avançados.
28 Fevereiro 2024, 19h50

A presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Nadia Calviño, apresentou esta quarta-feira, em Estrasburgo, as oito prioridades estratégicas de apoio e financiamento que alicerçam a nova estratégia da instituição, que passam pela ação climática, competitividade, coesão, entre outros, e que recebeu um forte apoio dos eurodeputados.

“Congratulo-me com o apoio do Parlamento Europeu ao Grupo BEI enquanto braço financeiro da UE. A nossa parceria com o Parlamento, enquanto órgão democrático diretamente eleito da União, é inestimável”, refere a antiga vice-presidente do Governo espanhol, que assumiu a liderança do BEI em janeiro deste ano.

Entre os eixos do novo plano do BEI está a consolidação da sua posição como Banco do Clima, tendo o objetivo de apoiar com um bilião de euros investimentos ecológicos até 2030, afetando 50%, no mínimo, do financiamento anual à ação climática e à sustentabilidade.

No campo da tecnologia, o BEI vai investir na aceleração da digitalização e da inovação tecnológica, prevendo lançar um novo Fundo de Aceleração das Tecnologias Estratégicas e da Resiliência Económica (FASTER) de apoio ao investimento em circuitos integrados, IA, ciências da vida, bem como materiais avançados.

O BEI pretende, também, reforçar o seu papel na defesa e na segurança, “estando disposto a fazer mais para contribuir para a segurança, a proteção e a dissuasão europeias”, refere em comunicado e, ainda, continuar a estratégia de apoio ao investimento nas regiões da coesão. Neste momento, quase metade dos empréstimos do banco no interior da UE já estão a ser processados, sobretudo na agenda da transição justa.

Quanto à agricultura, o BEI comprometeu-se a avançar com financiamentos inovadores na área, bem como para a bioeconomia, numa visão de maximização do “impacto dos instrumentos existentes e desenvolver novos produtos emblemáticos, como seguros ou regimes de redução do risco para os agricultores europeus” e a reforçar “o apoio às infraestruturas sociais, incluindo os cuidados de saúde, a educação e a habitação a preços acessíveis”.

Citada em comunicado, a economista espanhola refere que “a nova estratégia do Grupo BEI, aprovada hoje pelos deputados do Parlamento e pelos ministros das Finanças da UE, no Conselho informal dos Assuntos Económicos e Financeiros (Ecofin) da semana passada, centrar-se-á no clima, na competitividade e na coesão, alavancas inseparáveis para tornar a transição ecológica e digital um êxito europeu”.

Por fim, o BEI quer “utilizar os recursos, a experiência e o estatuto de mercado de capitais do BEI para apoiar o aprofundamento da união dos mercados de capitais” e “centrar as actividades do BEI no exterior da UE na Ucrânia, no processo de alargamento, e nos países vizinhos, bem como nos projetos Global Gateway”, lista a mesma nota de imprensa.

Durante a sessão, os membros do Parlamento Europeu (PE) votaram uma resolução sobre as atividades financeiras do BEI, deixando claro o seu apoio ao papel da instituição como instrumento fundamental para a prossecução dos objetivos políticos do bloco.

Nadia Calviño e Roberta Metsola assinaram, antes do debate, um Memorando de Entendimento tendo em vista o reforço e o aumento da colaboração antes das próximas eleições europeias de junho, no âmbito de ações de comunicação e de sensibilização para promover uma compreensão mais profunda do valor acrescentado da UE para os cidadãos, incentivando ao voto no ato eleitoral.

Antes do debate, Calviño assinou também um Memorando de Entendimento com a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, para reforçar e intensificar a colaboração antes das próximas eleições europeias de junho, centrada em atividades de comunicação e de sensibilização para promover uma compreensão mais profunda do valor acrescentado da UE para os seus cidadãos e para incentivar os cidadãos a utilizarem o seu voto.

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