A maior farmacêutica portuguesa nasceu em abril de 1924 no centro do Porto, fundada por Álvaro Portela. “Dirigida pela quarta geração da família, a BIAL é hoje uma empresa internacional de inovação, com medicamentos próprios comercializados à escala global. A comemoração do centenário estende-se ao longo de todo o ano, com iniciativas envolvendo colaboradores, parceiros e sociedade em geral, em que se destaca a realização de uma conferência no dia 25 de junho, no Porto”.
Em comunicado, a empresa refere que, “no decorrer da sua história centenária, a BIAL atravessou vários períodos políticos, entre ditaduras e revoluções, momentos de fortes perturbações económicas e sociais, guerras e transformações tecnológicas e científicas, sempre focada na criação de soluções para a melhoria da qualidade de vida das pessoas”.
Atualmente, a BIAL é um grupo económico sólido, “um dos principais protagonistas do panorama empresarial, industrial e da investigação biomédica a nível nacional, sendo promotora do conhecimento científico e um polo de atração de talento nacional e internacional. Também a nível internacional, a BIAL é cada vez mais reconhecida pela descoberta e desenvolvimento de novos medicamentos, nomeadamente na área das neurociências”.
António Portela, CEO da empresa, refere, citado pelo comunicado, que “o centenário da BIAL é um momento único na vida da empresa, mas também um marco para o País”. E acrescenta: “Celebramos o passado, a capacidade e visão de todas as gerações que nos antecederam, mas, sobretudo, celebramos o futuro que estamos a construir. Queremos que a BIAL se afirme cada vez mais como um grupo de inovação, com medicamentos transformadores da vida de doentes de todo o mundo”.
Para assinalar o momento, a BIAL “quer evidenciar o compromisso com o futuro do país” – destacando-se por isso a organização da conferência de 25 de junho, que tem o objetivo de analisar os desafios que se colocam a Portugal e ao mundo, nomeadamente nas vertentes económica, social e da saúde.
Ainda no âmbito das comemorações, “e materializando a vontade de contribuir para uma mais completa historiografia da indústria farmacêutica em Portugal, será produzido um documentário que, tendo como fio condutor a evolução da própria empresa, não deixará de expressar todos os contextos políticos, sociais, económicos e científicos em que a mesma se desenvolveu”.
“Quando celebramos 100 anos renovamos a visão empreendedora e pioneira que atravessou gerações, e que nos continua a guiar. A aposta na inovação, que naturalmente está associada à internacionalização, permitiu-nos transformar a empresa e, nos últimos quinze anos, altura em que lançámos o nosso medicamento para a epilepsia, mais que duplicamos a faturação”, disse ainda António Portela.
BIAL foi a primeira e é a única farmacêutica com medicamentos de investigação própria e de patente nacional comercializados – o Zebinix, direcionado para o tratamento da epilepsia, e o Ongentys, para a doença de Parkinson. “A BIAL mantém como grande objetivo ser uma companhia biofarmacêutica de inovação com presença global. Em média, nos últimos anos, a BIAL tem canalizado mais de 20% da sua faturação anual para I&D, que está centrada nas neurociências e nas doenças raras. A BIAL tem vindo a reforçar a sua presença internacional, vertente que quer fortalecer, nomeadamente na Europa e nos mercados farmacêuticos de maior relevância, caso dos EUA, da China e do Japão. As vendas nos mercados internacionais, em cerca de 50 países, representam 75% da faturação da empresa, que em 2023 atingiu os 340 milhões de euros.
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