[weglot_switcher]

Breviário Mediterrânico: Onde cabem todos os mares

O Mediterrâneo não é apenas uma geografia”. Na introdução a “Breviário Mediterrânico”, o triestino Claudio Magris, celebrado autor de “Danúbio”, lembra que “a cultura e a história mergulham directamente nas coisas, nas pedras, nas rugas dos rostos humanos, no gosto do vinho e do azeite, na cor das ondas.”
25 Novembro 2018, 19h13

É muito mais o que une as duas ‘margens’ deste mar do que as questiúnculas  para usar uma palavra muito em voga por estes dias  que semeiam alguns modernos Tullius Venenus (a personagem ignóbil que semeia a discórdia por onde passa, em ”A Zaragata”, de Astérix) e Predrag Matvejevitch recorda-no-lo nesta espécie de resumo da história, onde cabem os mercados mediterrânicos, as artes de navegação dos árabes ou as diversas cores que o mar apresenta quando visto da costa  “Quando pensávamos estar perante cores ou imagens, encontramos por vezes indicações práticas e direcções: Oeste e Leste, Norte e Sul”, como nas rosas-dos-ventos nas cartas antigas.

Uma prosa recheada de imagens, onde cabem portos, ilhas, ventos, correntes, costas, faróis, terrenos, línguas, utensílios, migrações, batalhas navais e tudo o mais que se possa pensar sobre o mar, e em que cada pormenor, ganhando uma nova dimensão, se transforma de acessório em fundamental.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.