O Partido Socialista e o Partido Social Democrata chegaram a um acordo para uma rotatividade na presidência da Assembleia da República, avança o “Expresso”.
Esta foi a solução que saiu da reunião entre os dois partidos esta quarta-feira para resolver o impasse na eleição do novo Presidente da Assembleia da República, sendo assim seguido o modelo que se aplica no Parlamento Europeu.
José Pedro Aguiar-Branco, escolha do PSD, será o primeiro Presidente da Assembleia da República e, se a legislatura continuar, o lugar será ocupado Francisco Assis, nome avançado pelo PS.
Segundo o “Expresso” esta proposta terá sido feita por Pedro Nuno Santos a Luís Montenegro, tendo sido aceite pelo primeiro-ministro indigitado.
“É preciso ultrapassar este impasse que foi criado e não deixar que o parlamento e o Governo fiquem no impasse porque há problemas graves no país”, referiu Joaquim Miranda Sarmento.
Por sua vez, Eurico Brilhante Dias salientou que “esta é uma proposta que pretende desbloquear o impasse e que degrada a imagem das instituições”, acrescentando que durante os próximos dois anos o Presidente da Assembleia da República será o de José Aguiar Branco e nos dois anos seguintes o cargo será assegurado por Francisco Assis.
Quem reagiu a este acordo entre os dois partidos foi o líder do Chega, André Ventura, assumindo que o partido fará o seu papel de liderar a oposição. “Hoje ficou claro que o PSD decidiu fazer uma aliança com o PS e vão também entender-se para o Orçamento do Estado. O PSD vai coligar-se e dar a mão ao PS. É um acordo que o PSD não quis fazer à direita”, afirmou André Ventura.
“Hoje ficou claro que Luís Montenegro escolheu a sua companhia de viagem para esta legislatura, escolheu a sua companhia de viagem parlamentar, e escolheu com quem quer fazer verdadeiramente os seus acordos”, considerou Ventura após as notícias que dão conta de um entendimento entre os dois partidos com mais assentos parlamentares.
Já o líder da Iniciativa Liberal culpou o Chega por esta decisão do Partido Socialista e o Partido Social Democrata. “O Chega comporta-se de uma forma absolutamente infantil e este é o resultado da infantilidade do Chega”, afirmou. “Depois de termos mudado o ciclo político e de vermos Santos Silva deixar de ser Presidente da Assembleia da República, para nós, Iniciativa Liberal a opção era clara”, apontou Rui Rocha.
O líder da IL lembra que a “infantilidade do Chega” vai fazer com que o PS assuma a presidência da Assembleia da República, novamente, até 2026.
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