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PS e PSD chegam a acordo para presidência rotativa na AR: “PSD vai dar a mão ao PS”, diz André Ventura

Os dois partidos vão adotar o modelo seguido no Parlamento Europeu. José Pedro Aguiar-Branco, escolha do PSD, será o primeiro Presidente da Assembleia da República e, se a legislatura continuar, o lugar será ocupado Francisco Assis, nome avançado pelo PS.
epa11244970 Prime Minister-designate Luis Montenegro (L) talks to Socialist Party secretary-general Pedro Nuno Santos (R), at the end of the election for the President of the Assembly of the Republic, who will succeed Augusto Santos Silva, in Lisbon, Portugal, 26 March 2024. EPA/TIAGO PETINGA
27 Março 2024, 12h54

O Partido Socialista e o Partido Social Democrata chegaram a um acordo para uma rotatividade na presidência da Assembleia da República, avança o “Expresso”.

Esta foi a solução que saiu da reunião entre os dois partidos esta quarta-feira para resolver o impasse na eleição do novo Presidente da Assembleia da República, sendo assim seguido o modelo que se aplica no Parlamento Europeu.

José Pedro Aguiar-Branco, escolha do PSD, será o primeiro Presidente da Assembleia da República e, se a legislatura continuar, o lugar será ocupado Francisco Assis, nome avançado pelo PS.

Segundo o “Expresso” esta proposta terá sido feita por Pedro Nuno Santos a Luís Montenegro, tendo sido aceite pelo primeiro-ministro indigitado.

“É preciso ultrapassar este impasse que foi criado e não deixar que o parlamento e o Governo fiquem no impasse porque há problemas graves no país”, referiu Joaquim Miranda Sarmento.

Por sua vez, Eurico Brilhante Dias salientou que “esta é uma proposta que pretende desbloquear o impasse e que degrada a imagem das instituições”, acrescentando que durante os próximos dois anos o Presidente da Assembleia da República será o de José Aguiar Branco e nos dois anos seguintes o cargo será assegurado por Francisco Assis.

“Ficou claro que o PSD decidiu fazer uma aliança com o PS”

Quem reagiu a este acordo entre os dois partidos foi o líder do Chega, André Ventura, assumindo que o partido fará o seu papel de liderar a oposição. “Hoje ficou claro que o PSD decidiu fazer uma aliança com o PS e vão também entender-se para o Orçamento do Estado. O PSD vai coligar-se e dar a mão ao PS. É um acordo que o PSD não quis fazer à direita”, afirmou André Ventura.

“Hoje ficou claro que Luís Montenegro escolheu a sua companhia de viagem para esta legislatura, escolheu a sua companhia de viagem parlamentar, e escolheu com quem quer fazer verdadeiramente os seus acordos”, considerou Ventura após as notícias que dão conta de um entendimento entre os dois partidos com mais assentos parlamentares.

Já o líder da Iniciativa Liberal culpou o Chega por esta decisão do Partido Socialista e o Partido Social Democrata. “O Chega comporta-se de uma forma absolutamente infantil e este é o resultado da infantilidade do Chega”, afirmou. “Depois de termos mudado o ciclo político e de vermos Santos Silva deixar de ser Presidente da Assembleia da República, para nós, Iniciativa Liberal a opção era clara”, apontou Rui Rocha.

O líder da IL lembra que a “infantilidade do Chega” vai fazer com que o PS assuma a presidência da Assembleia da República, novamente, até 2026.

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