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Shein mais do que duplica lucros enquanto aguarda luz verde ao IPO

A gigante da moda online alcançou lucros recorde de mais de dois mil milhões de dólares em 2023, acima do resultado líquido de 700 milhões de dólares obtido no ano anterior.
31 Março 2024, 10h23

A gigante de moda online Shein mais do que duplicou os lucros em 2023, numa altura em que aguarda aprovação dos reguladores para avançar com a sua entrada na bolsa de Londres ou de Nova Iorque.

Os lucros da Shein alcançaram um recorde superior a dois mil milhões de dólares, registando quase 45 mil milhões de dólares em valor total de bens vendidos no site, afirmam ao “Financial Times” fontes próximas da empresa fundada na China, mas com sede em Singapura.

No ano passado, os lucros do grupo superaram os 700 milhões de euros, depois de ter obtido 1,1 mil milhões de dólares em 2021, de acordo com um documento a que o jornal teve acesso.

Em comparação, as retalhistas rivais H&M e Zara alcançaram lucros de 820 milhões e de 5,8 mil milhões de dólares, respetivamente.

A Shein aguarda neste momento pela aprovação dos reguladores chineses e norte-americanos para entrar na  bolsa de Londres ou de Nova Iorque, naquele que deverá ser a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla inglesa) do ano. Contactada, a empresa não quis comentar os números.

Fontes próximas do processo afirmaram ao “Financial Times” que a expectativa é que a luz verde das autoridades chinesas possa chegar nas próximas semanas.

Vítor Madeira, trader da XTB, afirmou ao Jornal Económico que se a Shein entrar na praça londrina poderá ter uma avaliação de 50 mil milhões de dólares, tornando-se num dos maiores IPO no Reino Unido.

A hipótese de entrar na bolsa de Londres ficou em cima da mesa devido aos obstáculos que tem enfrentado do outro lado do Atlântico. O senador norte-americano Marco Rubio, do Partido Republicano, está entre os políticos que pediram à Securities and Exchange Commission (SEC), o regulador dos mercados nos EUA, para travar a entrada da Shein em bolsa com o argumento de que é preciso saber mais sobre as suas operações na China.

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