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Shein estuda entrada na bolsa de Londres

O verdadeiro objetivo da empresa chinesa de ‘fast fashion’ é fazer um IPO em Nova Iorque, mas os receios de travão por parte do regulador norte-americano dos mercados levam à hipótese do Reino Unido.
27 Fevereiro 2024, 11h06

A entrada da Shein em bolsa poderá ocorrer no Reino Unido em vez dos Estados Unidos da América (EUA). A empresa de fast fashion chinesa estará a ponderar mudar o local do futuro IPO – Initial Public Offering de Nova Iorque para Londres, de acordo com a informação avançada esta terça-feira pela “Bloomberg”.

Fontes da agência financeira consideram que a decisão se deve aos obstáculos que tem enfrentado num IPO nos EUA. A Shein, que tem sede em Singapura, começa a achar que a bolsa de Londres é uma boa opção, porque a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana não deverá aprovar a negociação dos títulos em Wall Street.

A Shein é caracterizada pelos preços baixos, popularidade na rede social Tik Tok, escassez de práticas de sustentabilidade nos processos de produção e falta de transparência nos resultados financeiros, que não são divulgados publicamente, embora se estime que a receita ande em torno dos 24 mil milhões de euros anuais.

No contexto da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo e dessa falta de informação, os EUA têm escrutinado a empresa nos últimos anos. Por exemplo, o senador norte-americano Marco Rubio, do Partido Republicano, está entre os políticos que pediram à SEC – Securities and Exchange Commission para travar a entrada da Shein em bolsa com o argumento de que é preciso saber mais sobre as suas operações na China.

Certo é que o Reino Unido luta para reter e atrair empresas para a bolsa londrina. A “Bloomberg” lembra que, no ano passado, foram levantados apenas mil milhões de dólares (aproximadamente 921 milhões de euros) no Reino Unido através de IPO, o que representou um valor mínimo em décadas. A Arm Holdings, com sede em Cambridge, foi uma das que “fugiu” para a cidade que nunca dorme.

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