O presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, disse hoje que o anterior primeiro-ministro português, António Costa, “reúne todas as qualidades” para ser presidente do Conselho Europeu, mas alertou que este é um debate muito prematuro.
Dizendo-se “um declarado aficionado da política de António Costa e da liderança que exerceu tanto em Portugal como na Europa”, Sánchez realçou que o debate e a negociação para a escolha do próximo presidente do Conselho Europeu estão ainda “numa fase muito prematura”.
Ainda assim, acrescentou que relativamente à família política europeia a que pertencem os socialistas e àquilo que poderá ser o seu contributo dentro do Conselho Europeu nesse debate, António Costa, na sua opinião, “reúne todas as qualidades” para ocupar o cargo.
“Mas isso, evidentemente, tem de ser um processo de negociação que ainda não começou e, portanto, é muito prematuro poder pronunciar-me de maneira muito mais clara. Mas, enfim, António Costa é um grande político”, afirmou.
Sánchez foi questionado sobre a possibilidade de António Costa vir a presidir ao Conselho Europeu, organismo onde têm assento os chefes de Estado ou de Governo dos países da União Europeia, numa conferência de imprensa em Madrid ao lado do novo primeiro-ministro português, Luís Montenegro.
Segundo Sánchez, os líderes dos governos de Portugal e Espanha não falaram hoje sobre a possibilidade de António Costa presidir ao Conselho Europeu e de Espanha vir a apoiar o nome do ex-primeiro-ministro para o cargo.
“Mas consta-me que o primeiro-ministro [Luís Montenegro] mantém uma muito boa relação com o ex-primeiro-ministro Costa. O primeiro-ministro Luís [Montenegro] sabe que sou um declarado aficionado da política de António Costa e da liderança que exerceu tanto me Portugal como na Europa”, afirmou Pedro Sánchez.
Luís Montenegro, por seu turno, não comentou a possibilidade de uma candidatura de António Costa ao Conselho Europeu e limitou-se a dizer que não é “tão aficionado das políticas” do ex-primeiro-ministro português como Pedro Sánchez.
“Mas não é isso que nos impede de termos propósitos comuns e objetivos também comuns que vamos tentar alcançar conjuntamente”, afirmou.
As eleições para o Parlamento Europeu decorrem em junho, seguindo-se a escolha dos presidentes da Comissão e do Conselho para a nova legislatura europeia.
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