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Paulo Macedo: Garantias de habitação aos jovens é positivo, mas não é “dinheiro a fundo perdido”

“As pessoas têm que mostrar que têm capacidade. É uma garantia, não é dinheiro a fundo perdido. E não é garantir 100% da dívida. Isso seria dar casas às pessoas”, atirou o gestor do banco público.
16 Maio 2024, 13h20

O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) considera que a garantia pública para os jovens recorrerem ao crédito habitação, anunciado pelo Governo de Luís Montenegro é “uma medida positiva”, mas deixou o alerta que apenas pode ser dada a quem tem condições para pagar a dívida.

Em entrevista ao jornal “Eco”, Paulo Macedo defende que a medida tem de ser “muito bem explicada para não gorar expectativas”, mas é “favorável à garantia”. O Governo anunciou, na passada sexta-feira 30 medidas para ajudar os jovens na compra de casa, sendo que uma delas é a garantia pública para o financiamento bancário a 100% do valor de aquisição da primeira casa.

“Tem que ser dada por uma margem, dentro de um intervalo, e tem que se perceber em que condições. Essa garantia com certeza irá ser dada a quem tem condições, que esteja empregado. Não tem a quantia inicial para despender, mas depois vai conseguir fazer face ao serviço da dívida. As pessoas têm que mostrar que têm capacidade. É uma garantia, não é dinheiro a fundo perdido. E não é garantir 100% da dívida. Isso seria dar casas às pessoas”, atirou o gestor na entrevista.

Sobre quem pode fazer a análise da capacidade se o o contratante consegue cumprir com o pagamento das prestações, Paulo Macedo indica que a banca o fará de “bom grado”.

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