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KKR já controla 78,9% da Greenvolt com swap do Mediobanca e lança OPA

A GVK Omega avança assim com “uma oferta pública geral (OPA) e obrigatória de aquisição da totalidade das ações correspondentes ao capital social da Greenvolt”, lê-se no comunicado publicado no site da CMVM. A contrapartida oferecida é de 8,30 euros por ação, “a ser paga em dinheiro”.
31 Maio 2024, 21h20

A KKR já tem 78,9% da Greenvolt e anuncia o lançamento de uma OPA sobre as restantes ações.

A Greenvolt – Energias Renováveis informou o mercado que os veículos da KKR concretizaram a compra da participação de 60,86% da Greenvolt que estavam comtemplada nos contratos de compra e venda celebrados a 21 de dezembro de 2023 com a Actium Capital, a Caderno Azul, a Livrefluxo, a Promendo Investimentos, a V-Ridium Holding Limited, a KWE Partners Ltd e a 1 Thing Investments (Acionistas Vendedores).

Tal como previsto, a transmissão das ações da Greenvolt ao abrigo dos Contratos de Compra e Venda de Ações ocorreu hoje, no dia 31 de maio. Avança a Oferta Pública Geral e Obrigatória de Aquisição das Ações Representativas lançada pela GVK Omega SGPS (da KKR) sobre a Greenvolt em curso, tendo sido publicado uma atualização do anúncio preliminar da OPA.

A OPA é geral e obrigatória dado que a KKR já tem o controlo da empresa cotada.

A oferente detém já uma participação direta de 60,86%. Mas o Mediobanca, com quem a holding do fundo de private equity KKR fez um acordo, tem 18,04%, pelo que são imputados às empresas da KKR, um total de 78,9% da Greenvolt.

Recorde-se que a KKR acordou um swap com o Mediobanca para compra até 19,9% das ações da Greenvolt. O MedioBanca celebrou um contrato de total return equity swap com a Gamma Lux, conforme divulgado em 5 de abril de 2024, nos termos do qual os direitos de voto inerentes às ações adquiridas pelo MedioBanca ao abrigo do Swap são imputados à Gamma Lux (da KKR).

O swap em causa tem uma data de maturidade de 30 Junho de 2025, pelo que a conversão em ações ocorrerá até lá.

Tal como revelado em abril, “os direitos económicos inerentes a tais ações da Greenvolt serão em benefício de Gamma Lux” que terá a opção de liquidar o swap, quer fisicamente – através da aquisição das ações da Greenvolt adquiridas pela Mediobanca no âmbito do swap – quer em dinheiro”.

Durante o período em que o swap estiver em vigor, o Mediobanca compromete-se a seguir as instruções da Gamma Lux relativamente ao exercício dos direitos de voto inerentes às ações da Greenvolt, adquiridas pelo Mediobanca no âmbito do swap.

A GVK Omega lança agora “uma oferta pública geral e obrigatória de aquisição da totalidade das ações correspondentes ao capital social da Greenvolt”, lê-se no comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A OPA tem o preço de 8,30 por ação, a ser paga em dinheiro, deduzida de qualquer montante (ilíquido) que venha a ser atribuído a cada ação, a título de dividendos, de adiantamento sobre os lucros do exercício ou de distribuição de reservas. Essa dedução será efetuada a partir do momento em que o direito ao montante em causa seja destacado das ações e desde que esse momento ocorra antes da liquidação da Oferta.

“O lançamento da Oferta está sujeito ao registo prévio da Oferta junto da CMVM, nos termos do artigo 114.º do CVM, o qual foi submetido à CMVM em 10 de janeiro de 2024 no contexto da oferta inicialmente anunciada como voluntária e se mantém pendente com a convolação em oferta pública geral e obrigatória nos termos aqui anunciados”, lê-se no documento, sendo que “é intenção da Oferente continuar a contribuir para o desenvolvimento e crescimento sustentável a longo prazo da Sociedade Visada”.

A oferente salienta ainda que, caso o limiar de 90% dos direitos de voto seja atingido ou ultrapassado através da imputação dos direitos de voto, detidos pela ou imputados a si por terceiros, então o direito de aquisição potestativa será exercido por uma afiliada da KKR à qual sejam imputados os votos.

A oferente poderá também considerar, após o encerramento da OPA, requerer a convocação de uma assembleia geral de acionistas da Sociedade Visada para aprovar a exclusão voluntária de negociação das ações e avaliará nessa altura avaliará então se deverá proceder a uma aquisição potestativa das ações que permaneçam na titularidade de outros acionistas.

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