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“Se o Estado fizer muita obra pública vai criar um problema de preços”, afirma CEO da Norfin

Responsável da gestora de ativos imobiliários receia que Portugal não tenha capacidade para entregar tudo aquilo que pode em termos de habitação e considera que se o Estado “vai drenar uma boa parte da capacidade construtiva para as obras públicas, mais difícil será de resolver esse problema”.
7 Junho 2024, 11h30

A instabilidade regulamentar e fiscal, aliada a uma perda na capacidade de produção imobiliária são considerados por Francisco Sottomayor dois dos principais desafios que o mercado nacional tem de resolver. Em entrevista ao Jornal Económico (JE), num momento em que a Norfin celebra 25 anos de atividade, o CEO da gestora de ativos imobiliários mostra-se preocupado com o “faz e desfaz de governos sucessivos”, que, no seu entender, cria um ecossistema de investimento que não é muito confortável.

Como viu a não implementação de uma data para a descida do IVA para 6% na construção?
Acho que é uma medida que tem um impacto relevante do ponto de vista fiscal e tem que ser analisada com cuidado. É uma medida que tem sido colocada em cima da mesa pelo sector há muito tempo e acho que pode ajudar a resolver a equação das famílias, porque o mercado da promoção imobiliária é supercompetitivo. Tenho ouvido algumas opiniões de que esta margem, esta redução do IVA, vai ficar nos promotores. Não acredito, porque é uma competição – diria, muito forte – pelos projetos, pelos terrenos e pelas áreas de desenvolvimento.

Podemos ver projetos parados a aguardar por essa descida?
Acho que pode haver essa tentação. O mercado é tão líquido neste momento que acho que não há nenhum investidor com capital na mão que deixe de comprar terreno com o objetivo de investir. Acho que pode haver um abrandamento do mercado, mas não acredito numa travagem.

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