Os crimes provocaram várias ondas de protestos e colocaram a violência de género no topo da agenda política do país. Certamente que esse fator hediondo terá contribuído para que as presidenciais mexicanas tivessem sido disputadas por duas mulheres, Claudia Sheinbaum, ex-governadora da Cidade do México, e Xochitl Galvez, ex-senadora de centro-direita e empresária. Em conjunto, conseguiram mais de 80% dos votos, relegando um homem, o centrista Jorge Alvarez Maynez, para um plano inferior (10%) – o que pode bem querer dizer que alguma coisa está a mudar naquele sui generis país, todo ele um caso à parte na América abaixo da América do Norte.
Claudia Sheinbaum, também conhecida por ‘Dama de Gelo’, candidata apoiada pelo Morena, o Movimento de Regeneração Nacional do até agora presidente André Manuel López Obrador, já disse – aos 61 anos e depois de se tornar na primeira mulher a vencer umas eleições gerais no país – que não desiludirá o género a que pertence. Desgraçadamente, tem muito mais com que se preocupar: para além das dez mulheres que morrem todos os dias no México, mais 70 pessoas, em média, são assassinadas a cada 24 horas e há vastos lugares do país onde a polícia recusa entrar, dado que as mafias da droga, do tráfico de seres humanos e do que há de mais desgraçado no mundo tomaram conta de tudo.
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