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Goldman Sachs prevê que o Banco de Inglaterra mantenha a taxa de juro nos 5,25% na reunião desta semana

“Esperamos que o MPC mantenha a taxa de juro do banco em 5,25% na reunião da próxima semana (20 de junho), tendo em conta os dados mais fortes do que o esperado sobre a inflação dos serviços; referem os analistas do Goldman Sachs.
Toby Melville / Reuters
17 Junho 2024, 21h15

“Esperamos que o MPC (Comité de Política Monetária) mantenha a taxa de juro do Banco de Inglaterra em 5,25% na reunião desta semana (20 de junho), devido aos dados mais fortes do que o esperado sobre a inflação dos serviços”, defendem os analistas do Goldman Sachs.

“Embora o Governador Andrew Bailey tenha, no passado, minimizado pequenos desvios das previsões de inflação do banco central, pensamos que a surpresa positiva de 34 pontos base na impressão dos serviços de Abril é demasiado grande para o Comité de Política Monetária ignorar”, refere o banco norte-americano.

“Olhando para o futuro, continuamos a esperar um primeiro corte de juros na reunião de projeções de agosto. Nessa altura, esperamos que os dados da inflação mostrem um novo progresso. O Comité de Política Monetária também sairá do período de silêncio pré-eleitoral, permitindo uma comunicação mais fácil em torno da decisão. Esperamos que o MPC avance em etapas trimestrais a partir de então, implicando um total de dois cortes este ano”, defendem os analistas.

A nota do Goldman Sachs destaca que “antes do anúncio das eleições, o Economista-Chefe Pill e o Vice-Governador Broadbent indicaram que era possível um corte nas taxas durante o Verão, mas sublinharam a importância dos dados recebidos para avaliar quando iria baixar a taxa de juro do banco central inglês”.

Esta comunicação parecia estar de acordo com a avaliação do Governador Bailey de que uma mudança em junho não era “nem excluída nem um facto consumado”.

O facto de o comité ter enquadrado a decisão de reduzir ou não a taxa em junho como dependente dos dados económicos, significa que é improvável que vote o ajustamento da taxa directora com base de números de inflação mais fortes.

“A menos que a inflação de maio surpreenda significativamente, esperamos, portanto, outra decisão dividida, com uma maioria de 7-2 votos para manter a taxa de juro estável. Pensamos que é provável que a linguagem política permaneça em grande parte inalterada, com o MPC a reiterar que irá considerar os próximos dados  e, nessa base, manterá sob revisão a decisão de durante quanto tempo a taxa de juro bancária será ser mantida no seu nível atual”, referem.

 

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