O Banco de Portugal (BdP) reforçou, no ano passado, o montante investido em obrigações verdes para 439 milhões de euros, face aos 287 milhões de euros de 2022, adiantou a instituição, num relatório hoje divulgado.
De acordo com o BdP, que publicou o segundo relatório anual de indicadores-chave de impacto ambiental dos ativos financeiros próprios, no último ano a entidade “reforçou o montante investido em obrigações verdes, consolidando o contributo para o financiamento sustentável”.
Assim, indicou, em termos absolutos, o BdP “aumentou a sua posição de 287 milhões de euros em 2022 para 439 milhões de euros em 2023”, sendo que, “em termos proporcionais, o peso no total de ativos financeiros próprios situava-se, no final de 2023, em 5,5%”.
O BdP lembrou que este relatório segue “as recomendações da Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD), em termos de estrutura, englobando quatro categorias: ‘Governo’, ‘Estratégia’, ‘Gestão de Risco’ e ‘Métricas e Objetivos'”, incidindo “sobre os ativos financeiros próprios do Banco, denominados em euros e moeda estrangeira”.
De acordo com a entidade, estas métricas “são calculadas para os ativos financeiros próprios detidos a 31 de dezembro de cada ano, com base nos dados de emissões de carbono, dados financeiros e outros providenciados por fornecedores de dados especializados”.
O BdP revelou que no final de 2023, “o total de ativos financeiros próprios do Banco abrangidos no cálculo dos indicadores-chave de impacto ambiental, excluindo saldos à vista, depósitos e instrumentos derivados, ascende a 7.739 milhões de euros”.
Este valor está alocado 91% em títulos soberanos, 8% em supranacionais e agências e 1% em títulos empresariais e obrigações hipotecárias, indicou.
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