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Stellantis Mangualde arranca com produção de oito elétricos “made in Portugal”

A unidade do distrito de Viseu é a primeira fábrica no país a produzir em grande escala veículos de passageiros e comerciais ligeiros elétricos a bateria.
2 Julho 2024, 14h08

A Stellantis Mangualde, no distrito de Viseu, arrancou com a produção de oito automóveis 100% elétricos.

A unidade industrial torna-se assim na primeira fábrica em Portugal a produzir em grande escala veículos de passageiros e comerciais ligeiros elétricos a bateria, com a saída dos primeiros modelos totalmente elétricos das suas linhas de montagem, anunciou hoje a multinacional sediada em Amesterdão.

Deste chão de fábrica vão sair oito modelos 100% elétricos nas versões de passageiros e comerciais ligeiros dos modelos: Citroën ë-Berlingo e ë-Berlingo Van, Peugeot E-Partner e E-Rifter, Fiat e-Doblò e Opel Combo-e, tanto para o mercado nacional como para exportação.

Recorde-se que a primeira fábrica automóvel a produzir veículos 100% elétricos foi a Mitsubishi Fuso no Tramagal, distrito de Santarém, que produz camiões ligeiros de transporte de mercadorias.

A companhia liderada pelo português Carlos Tavares antecipou em um ano o arranque da produção, com a produção em série a arrancar durante o mês de outubro.

“Este dia representa um indescritível motivo de orgulho para todos na Stellantis e especial para todos os que connosco colaboram aqui em Mangualde”, disse o CEO da Stellantis em comunicado.

“Estamos a testemunhar um importantíssimo virar de página nesta unidade fabril, que consegue estar na linha da frente em termos de inovação. Dentro em breve estará nas estradas uma nova gama de oito veículos elétricos ‘made in’ Portugal. Esta é a nossa visão para o futuro da indústria automóvel e revelamos hoje, aqui, mais uma prova de que é possível concretizar os nossos mais ambiciosos planos, de forma sustentável e de forma economicamente viável, colocando os melhores produtos ao serviço dos clientes. Seguimos rumo à descarbonização, proporcionando uma mobilidade segura, acessível e ambientalmente responsável para proteger as próximas gerações”, acrescentou Carlos Tavares.

A nova odisseia da Stellantis na fábrica inaugurada há 62 anos, contou com o “apoio do Governo” e com um investimento global de 119 milhões de euros ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), segundo a companhia.

Entre os investimentos nesta unidade, contam-se as novas instalações dedicadas à área de montagem e também de ferragem, assim como a criação de uma nova linha de montagem de baterias, “que promoveu a total modernização de uma área com mais de 800m2, onde se faz a montagem de todas as baterias para os veículos elétricos produzidos em Mangualde”, criando 63 novos postos de  trabalho, sendo que “todos os colaboradores aoperar nestes novos postos de trabalho, receberam – a par da restante equipa técnica – formação específica, aumentando, desta forma, as suas competências”.

Estes novos automóveis vão já integrar a frota do Estado depois de a Stellantis ter vencido um “mega-concurso público” realizado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde em 2023, “para a compra de veículos elétricos que vão equipar unidades do Serviço Nacional de Saúde do Minho até ao Algarve”, incluindo Peugeot E-Rifter (300) e Citroën ë-Berlingo (419), num total de 319 veículos elétricos e 600 estações de carregamento (Wall box de 11Kw/h) às cinco
Administrações Regionais de Saúde (ARS) e a sete Unidades Locais
de Saúde (ULS).

A produtora automóvel destaca que também já tem “em pleno funcionamento” a sua central fotovoltaica, com 6.370 painéis, com a capacidade para abastecer mais de 30% das necessidades anuais de energia da fábrica, evitando 2.500 toneladas de emissões anuais de CO2, o equivalente à captura de CO2 por cerca de 16 mil árvores, com a empresa a pretender atingir 50% de autonomia energética até ao final de 2025.

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