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China ultrapassa Estados Unidos e Europa na venda de veículos elétricos

Em 2023, a China vendeu 6,2 milhões de unidades de veículos elétricos contra os 1,8 milhões da Europa e os 1,3 milhões do Estados Unidos da América.
12 Julho 2024, 11h51

A China ultrapassou os Estados Unidos da América e a Europa na venda de veículos elétricos, em 2023, de acordo com a consultora Bain & Company.

Em 2023, a China vendeu 6,2 milhões de unidades de veículos elétricos contra os 1,8 milhões da Europa e os 1,3 milhões do Estados Unidos da América.

Os dados da Bain & Company indicam também uma quebra na procura por veículos elétricos nos Estados Unidos e na Europa enquanto que a China se está a “estabelecer como o líder de mercado” dos veículos elétricos a bateria (BEVs).

“A sua vantagem de escala tem o potencial de abalar a dinâmica competitiva e reescrever o futuro dos fabricantes globais de equipamentos originais (OEMs). Para manter o ritmo e aumentar as vendas, os OEMs nos EUA e na Europa devem apontar aos segmentos de mass market. O desafio é fazê-lo de forma lucrativa”, considera a Bain & Company.

A Bain & Company considerou que a China conseguiu “superar” este obstáculo “alcançando a paridade de mix entre os segmentos” e acrescenttou que os OEM nos EUA e na Europa “ainda se inclinam fortemente” para os segmentos premium.

“Alcançar a paridade de preços entre veículos com motor de combustão interna no mercado de massa e BEVs permitiu uma maior penetração geral de BEVs na China. Devido à sua estrutura de custos mais baixos, os OEM chineses estão a fixar preços para os BEVs de forma competitiva e lucrativa no mercado de massa. Além disso, os OEM chineses investiram em funcionalidades premium de conectividade e infoentretenimento – uma área que os clientes valorizam cada vez mais – ao mesmo tempo que se concentram na eficiência de custos noutras partes do fabrico do veículo”, referiu a análise da Bain & Company.

A análise da Bain & Company acrescentou que após uma fase de “forte crescimento” interno, os players chineses de veículos elétricos “estão agora a visar novos mercados”, como a Europa e o México, “colocando pressão” sobre os OEM dos EUA e da Europa, “numa altura em que a indústria automóvel já enfrenta perturbações decorrentes da transição mais ampla do grupo motopropulsor, das expectativas mais elevadas dos consumidores, a revolução do modelo de propriedade e muito mais”.

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