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Mota-Engil e BCP arrastam PSI para o ‘vermelho’. Política monetária marca esta quinta-feira

As duas cotadas registaram quedas fortes e sobressaíram em Lisboa, numa Europa mista marcada pelas quedas fortes no sector dos chips semicondutores. Esta quinta-feira, destaque para a reunião do BCE.
18 Julho 2024, 07h30

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta quarta-feira em perda, com o índice PSI a recuar 0,15%, sobretudo em reflexo das descidas da Mota-Engil e BCP. Esta quinta-feira, o destaque vai para a reunião do BCE, da qual não deverá sair um novo corte nas taxas de juro, mas podem surgir indicações, sobre quando este poderá acontecer.

A capitalização de mercado da Mota-Engil desceu 4,06% e ficou-se pelos 3,542 euros por título, ao passo que o BCP caiu 2,87%, para 0,3855 euros. As duas cotadas marcaram o dia em Lisboa pelos piores motivos, seguidas pela Jerónimo Martins, que derrapou 1,23% e ficou-se pelos 9,67 euros.

Por outro lado, a Jerónimo Martins valorizou 2,25% em bolsa e alcançou os 19,57 euros por ação, enquanto os CTT deram um salto de 1,93%, até aos 4,48 euros.

Lá fora, a tecnológica ASML tombou mais de 10,93% e foi destaque entre as praças europeias, ao arrastar o índice agregado Euro Stoxx 50 para uma queda mais forte do que as registadas nas principais praças europeias, na ordem de de 1,12%.

Isto porque, apesar de a empresa ter revelado resultados positivos referentes ao segundo trimestre, as boas sensações foram afastadas por incertezas associadas ao plano geopolítico. De resto, estas mexeram com o sector dos chips semicondutores à escala global, já que este registou quedas fortes.

Em causa estão, sobretudo, as maiores restrições impostas pelos EUA ao nível exportações, assim como as declarações de Donald Trump numa em entrevista à “Bloomberg Businessweek”, tendo alegado que Taiwan devia uma compensação aos norte-americanos, depois de ter assimilado “cerca de 100%” daquela indústria.

Olhando às principais praças europeias, Alemanha e França registaram derrapagens de 0,45% e 0,12%, respetivamente. Em sentido contrário, o Reino Unido ganhou 0,25%, Espanha adiantou-se 0,14% e Itália somou 0,05%.

Esta quinta-feira, o dia vai ficar marcado pela reunião do BCE. Os analistas não esperam mexidas na taxa de juro de referência, mas é expectável que a presidente daquela instituição, Christine Lagarde, possa levantar o véu sobre se é presumível um novo corte nos próximos meses.

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