[weglot_switcher]

Comunidade Política Europeia encontra-se no Reino Unido

Com a Ucrânia, a imigração e a defesa da democracia na agenda, é o primeiro grande embate externo do novo primeiro-ministro Keir Starmer.
FILE PHOTO: Britain’s Labour Party leader, Keir Starmer leaves his home in London, Britain May 10, 2021. REUTERS/Toby Melville/File Photo
18 Julho 2024, 14h02

Quase 50 altos representantes dos países europeus estão reunidos em Londres sob o ‘comando’ do novo primeiro-ministro, Keir Starmer, tendo na agenda comum debates sobre a Ucrânia, a pressão imigratória e a defesa da democracia no território. O objetivo é promover a cooperação no continente sobre temas de interesse comum, no quadro da Comunidade.

A Comunidade Política Europeia (CPE) é uma plataforma para discussões políticas e estratégicas sobre o futuro da Europa, criada em 2022. O grupo reuniu-se pela primeira vez em outubro de 2022, com participantes de 44 países europeus, assim como o presidente do Conselho Europeu e a presidente da Comissão Europeia. A CPE foi proposta pelo presidente francês Emmanuel Macron, em maio de 2022, durante a sua presidência do Conselho da União Europeia. Macron apresentou a ideia oficialmente em reunião do Conselho Europeu. Recorde-se que a Rússia e a Bielorrússia foram excluídas da CPE na sequência da invasão da Ucrânia.

A reunião, que se realiza no Palácio de Blenheim, perto de Oxford, segundo adianta a Lusa, começou pelas 10h15 com uma sessão plenária dedicada ao tema da ‘Segurança na Europa’.

Londres manifestou o desejo de fazer do encontro uma plataforma para pressionar a continuação do apoio militar e financeiro internacional à Ucrânia, para que o país se defenda da guerra em curso com a Rússia. Seguem-se no programa três mesas redondas sobre energia e conectividade, sobre defesa e segurança da democracia e sobre imigrações.

Em reuniões anteriores (na República Checa em 2022, na Moldova e em Espanha, ambas em 2023) estiveram presentes os seis países dos Balcãs Ocidentais (Montenegro, Sérvia, Macedónia do Norte, Albânia, Kosovo e Bósnia-Herzegovina), os quatro membros da Associação Europeia de Comércio Livre – EFTA (Islândia, Liechtenstein, Suíça e Noruega), os países da Parceria Ocidental, com exceção da Bielorrússia que se encontra suspensa (Arménia, Azerbaijão, Geórgia, Moldova e Ucrânia), o Reino Unido e a Turquia, recorda a Lusa.

Sabe-se, segundo a mesma fonte, que o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, estará ausente por questões de saúde, tal como o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen – que está a tentar ser eleita para mais um mandato à frente da Comissão Europeia. Pela primeira vez, a NATO, representada pelo secretário-geral, Jens Stoltenberg, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e o Conselho da Europa também vão participar no encontro de alto nível.

A reunião é vista por este como uma oportunidade para se reaproximar da UE depois da saída em 2020. Há muito que os trabalhistas dão mostras de estar interessados em aprofundar relações com a União Europeia, tanto em termos do comércio bilateral, como em agendas comuns, como são os casos da segurança e da defesa. Um dos temas em cima da mesa é o de se perceber até que ponto uma aposta comum nas indústrias da defesa – para acabar com a dependência externa – e uma necessária uniformização logística deve ou não ser aberta aos países europeus que não fazem parte do bloco dos 27.

Após a sessão de encerramento, às 14h45, o Rei Carlos III oferece uma receção aos líderes europeus presentes.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.