[weglot_switcher]

Bolha tecnológica? Analista afirma que ‘sell-off’ não vai durar porque não existe bolha para rebentar

O facto das ações de tecnologia terem sido das mais afetadas, com as maiores empresas a perderem mais de um bilião de dólares, há quem não acredite que a bolha tenha rebentado até porque…não há bolha tecnológica.
bolsa
12 Agosto 2024, 14h30

Os mercados ressentiram-se com alguns dados económicos no início do mês, com as bolsas mundiais a registarem um sell-off generalizado. Entretanto, já se registaram recuperações, e um analista diz que não é preciso temer a bolha tecnológica… porque esta não existe.

Agora, e com alguns dias para procurar a causa para esta venda, o chefe de investimento da Crossbridge Capital, Manish Singh, diz à “CNBC” que não existem razões para temer um padrão bearish (em baixa). O gestor de ativos indica mesmo que não há necessidade de recear o rebentar da bolha tecnológica e que este cause uma desaceleração.

No entanto, as ações de tecnologia foram as mais afetadas pelo sell-off, que já ditou perdas superiores a 4% no Nasdaq 100 desde o início do mês, índice dominado pelas empresas tecnológicas. Foi este mesmo fator que lançou a questão: será que a bolha tecnológica rebentou?

“Simplesmente não vejo uma bolha tecnológica. Sim, algumas ações tiveram uma boa prestação, e entregaram bons lucros”, apontou o responsável de investimentos da Crossbridge Capital. Ainda assim, e olhando para o Nasdaq, Singh adianta que o índice se mantém estável nos últimos três anos.

Mesmo o S&P 500 não ficou descompensado com o sell-off, mantendo os níveis estáveis, estando a ganhar 4% ao ano. Manish Singh contabiliza este ano, especialmente depois das ‘Sete Magníficas’ terem perdido um bilião de dólares com esta desestabilização bolsista.

“Acho que vamos ter mais volatilidade no mês de agosto, porque esse é o padrão da sazonalidade… Tivemos algo muito parecido no ano passado. Se compararmos os dois gráficos, vamos ver que estamos a seguir o mesmo padrão”, apontou o analista à publicação.

E adiantou que o mesmo padrão é visível durante os anos eleitorais, que acontece este ano. “Há uma sazonalidade em agosto e setembro, então, após a eleição, o mercado começa a recuperar”.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.