“Prometi que iria sair da corrida se me tornasse um empecilho”, afirmou o ex-democrata, sobrinho do presidente John F. Kennedy. “Já não acredito que tenho um caminho para a vitória”, frisou.
O candidato explicou que só vai retirar o seu nome de dez estados críticos, como Pensilvânia e Arizona, para evitar beneficiar a candidata democrata Kamala Harris.
Nos outros estados, os eleitores vão poder votar nele, apesar de as atividades da campanha terminarem agora.
“As nossas sondagens mostraram que, se me mantivesse nos estados críticos, ofereceria a eleição aos democratas, com os quais discordo nos temas mais existenciais”, afirmou. RFK Jr. deixou o partido democrata em outubro de 2023 e lançou-se como independente.
Agora, afirmou, está em cooperação próxima com Donald Trump, do qual foi “um crítico feroz” anteriormente. Kennedy e Trump começaram a negociar em julho, após a tentativa de assassinato do republicano, havendo a possibilidade de que Kennedy venha a ter um cargo numa futura administração de Trump.
As áreas em que ambos concordam, afirmou, são a liberdade de expressão, a guerra na Ucrânia, a segurança na fronteira e a proteção das crianças. A campanha de Kamala Harris recusou ter conversações semelhantes com o candidato.
Kennedy Jr. acusou os democratas de quererem a guerra na Ucrânia para fortalecer o complexo militar industrial e que só com Donald Trump será possível acabar com a guerra, porque ele irá reabrir as conversações com Vladimir Putin.
O independente disse também que quer salvar “milhões de crianças” que sofrem com doenças crónicas devido à “corrupção” das agências governamentais, que numa futura administração com Trump ele irá encher de médicos que não estão dependentes de grandes farmacêuticas.
“Vamos trazer comida saudável de volta aos almoços escolares”, prometeu, dizendo também que vão acabar com os subsídios a alimentos nocivos.
Kennedy Jr. acusou Kamala Harris de não querer acabar com este problema, a crise das doenças crónicas, e esse é um dos motivos pelos quais apoia Trump.
“Esta decisão é agonizante para mim”, afirmou, considerando que juntar-se à campanha de Trump será um sacrifício difícil para a sua mulher e para os filhos.
“Vamos tornar os americanos saudáveis outra vez”, disse. “Se o presidente Trump for eleito e cumprir a sua palavra, o problema da doença crónica vai desaparecer”.
A família de Kennedy denunciou a sua campanha e criticou as teorias da conspiração que defende, por exemplo relativas às vacinas, colocando o peso do nome de família por detrás dos democratas.
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