Uma história de amor correspondido, diga-se de passagem, e que a exposição “Madrid, Chica Almodóvar” imortaliza.
Para o curador Pedro Sánchez Castrejón, “a garota” de Almodóvar só poderia ser mostrada ao público no Centro Cultural Conde Duque, mesmo em frente à fachada onde o cineasta filmou Carmen Maura a pedir a um funcionário da autarquia, que limpava a rua, para a borrifar com água em “A Lei do Desejo” (1987). Se é certo que esta cena noturna imortalizou a atriz no seu vestido laranja, asfixiada pelo calor do verão madrileno, também é certo que nele se pode ver uma declaração de amor de Pedro Almodóvar a Madrid.
A relação do cineasta com a cidade é explorada nesta exposição, percorrendo duas centenas de fotografias dos 23 filmes de Almodóvar e arquivos pessoais. E tudo começa com a partida, aos 17 anos, da sua terra natal, Calzada de Calatrava, um vilarejo de Castilla-La Mancha. Pedro rumou à capital espanhola convicto de que a sua aldeia asfixiava o seu desassossego. Para trás deixou o sonho do pai, que ambicionava para o filho um emprego na banca (Pedro bancário?) e olhou para o futuro radioso que imaginara para si mesmo na “sua” mítica Madrid.
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