A detenção e acusação de Pavel Durov “é um ataque aos direitos humanos básicos de liberdade de expressão e associação”.
“Estou chocado e profundamente triste que o presidente francês, Emmanuel Macron, tenha descido ao nível de fazer reféns como forma de aceder a mensagens privadas”, disse Edward Snowden sobre a prisão do russo nascido em São Petersburgo, ou Petrogrado, ou Leninegrado, há pouco menos de 40 anos.
É mais um episódio da guerra entre o poder estabelecido e as redes sociais – numa altura em que a Inteligência Artificial ainda é apenas uma brincadeira de iniciados, muito diferente daquilo que será dentro de alguns anos.
As redes sociais inauguraram um mundo novo que não tem limites – ou cujos limites estão sempre a ser estendidos até patamares desconhecidos, surpreendentes ou perigosos. Num certo sentido, não há nada a fazer: por muito que os reguladores (e foi preciso encontrar quem regulasse esse mundo novo) se esforcem, o sistema está sempre uns passos à frente. E estará sempre. Há já muito que ficou provado que os reguladores perderam a guerra face ao sistema, como também já ficou provado que o sistema tem vida própria e escapa sempre aos reguladores. E o que escapa aos reguladores é o lado mau de um sistema que à partida parece ter apenas virtudes. A chatice é que o lado mau é imenso.
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