O private equity dos EUA, Lone Star, está a considerar a venda do quarto maior banco de Portugal, diz a agência Reuters que cita três fontes com conhecimento do assunto.
A venda do Novobanco pode potencialmente suscitar mais consolidação bancária europeia.
O banco que foi criado em 2014, após o resgate do Banco Espirito Santo (BES), é detido desde 2017, em 75%, pela Lone Star, com o Fundo de Resolução português e o Estado a possuirem o resto.
O banco vale agora cerca de 5 mil milhões de euros com base em avaliações recentes noticiadas pelo Jornal Económico, o que compara com cerca de 1,3 mil milhões de euros em 2017, segundo avançaram as três fontes à Reuters.
A Lone Star, o Novobanco e o porta-voz do Fundo de Resolução de Portugal recusaram comentários à Reuters.
A mudança para uma venda completa, em vez de apenas um IPO, surge à medida que o banco concluiu a trajetórita de recuperação, que inclui uma mudança do foco exclusivamente para Portugal e o objetivo de se tornar rentável.
Ao executar um chamado processo duplo (venda direta a um candidato ou entrada em bolsa), os vendedores procuram aumentar a tensão competitiva para atingir o melhor preço.
Entre os potenciais compradores estrangeiros estão os bancos espanhóis já presentes em Portugal, como o Santander e o CaixaBank e os bancos franceses, como o Credit Agricole e o BPCE (Banque Populaire, Caisse d’Epargne), disseram duas fontes citadas pela Reuters.
No entanto, não houve discussões formais com quaisquer potenciais compradores, acrescentaram.
Os Santander, Caixabank, Credit Agricole e BPCE recusaram-se a comentar.
Um acordo entre a Lone Star, o fundo de resolução e o Estado para levantar uma proibição no Novobanco de distribuir dividendos, poderia iniciar a venda nos próximos meses, disse a primeira fonte.
Uma avaliação de cerca de 5 mil milhões de euros é cerca de sete vezes o lucro do Novobanco esperado para 2024.
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