Os jovens vivem cada vez mais para as redes sociais, estando permanentemente ligados cada vez em idades mais tenras. Por esta questão, e em resposta à proteção dos menores de idade (abaixo dos 16 anos) e privacidade, a Meta Platforms vai introduzir ‘contas jovens’ no Instagram.
Estas contas vão permitir um maior controlo parental de todas as atividades feitas pelos jovens na rede social, nomeadamente permitir o bloqueio do uso da aplicação durante horas noturnas, além de muitas configurações só poderem ser autorizadas com a permissão dos pais.
Trata-se de uma mudança radical da privacidade e segurança de todos os adolescentes. Desta forma, milhões de utilizadores do Instagram com menos de 16 anos vão ver as suas contas serem privadas por padrão.
As alterações a serem introduzidas no mercado chegam uma semana depois da Austrália propor a restrição do acesso de crianças a plataformas sociais, nomeadamente Instagram e TikTok. No entanto, este bloqueio só chegará, por agora, a novos utilizadores, com a configuração a ser estendida às contas já existentes com a passagem do tempo.
O controlo parental vai estender-se ainda à definição de limites diários do uso da aplicação, cerca de uma hora, ver com que contas são trocadas mensagens e ainda visualizar as categorias de conteúdo a que as crianças estão sujeitas e visualizam. O objetivo, com estas mudanças, é evitar que adultos enviem mensagens a adolescentes quando não os seguem.
Apesar dos planos australianos para chegar a uma legislação, a Meta vai aplicar estas restrições a escala mundial, ou seja, Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e Austrália.
A diretora de segurança da Meta sustenta que a introdução desta medida chega depois dos pais serem ouvidos, e não sendo motivada por legislação ou proposta governamental. “A tecnologia, neste momento, é praticamente omnipresente, e os pais estão a pensar sobre isso. Da perspetiva da segurança dos jovens, realmente faz sentido pensar sobre este tipo de coisas a nível global e abordar as preocupações parentais a nível global”, apontou Antigone Davis ao “The Guardian”.
Já Naomi Gleit, responsável pela área de produto da Meta, explica à “Platformer” que os pais estão preocupados com três áreas: “quem entra em contacto com os filhos, qual o conteúdo que os filhos estão a ver; quanto tempo as crianças gastam em conteúdos online”
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