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Valor das ordens sobre instrumentos financeiros cai 13,7% em agosto para mais de 23 mil milhões

Apesar da queda em relação a julho, os números de agosto representam uma subida homóloga de 16,9%.
19 Setembro 2024, 14h52

Em agosto de 2024, o valor das ordens sobre instrumentos financeiros, recebidas pelos intermediários financeiros registados na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), totalizou 23.533,0 milhões de euros, representando uma queda de 13,7% em comparação com julho. No entanto, desde o início do ano, esse indicador apresentou um aumento de 16,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Analisando os diferentes tipos de instrumentos financeiros, observou-se uma redução de 14,6% nas ordens relacionadas à dívida pública, que totalizaram 18.215,4 milhões de euros. Em contraste, as ordens sobre dívida privada aumentaram 16,1%, alcançando 2.284,3 milhões de euros. Já nas ações, o valor caiu 14,5%, somando 2.106,8 milhões de euros.

No que diz respeito à quota de mercado nas transações de ações, o Banco Comercial Português (BCP) liderou com 25,3%, seguido pela Caixabank – Sucursal em Portugal com 11,7% e pelo Banco Português de Investimento (BPI) com 11,5%. Em relação à dívida (tanto pública quanto privada), o BNP Paribas – Sucursal em Portugal teve a maior quota de mercado, com 88,6%, seguido pelo Banco L.J. Carregosa com 8,9% e pelo Banco de Investimento Global com 0,5%.

O valor das ordens sobre instrumentos financeiros derivados cresceu 29,3% em relação ao mês anterior, totalizando 233.235,4 milhões de euros. Os forwards foram os instrumentos mais negociados no mercado de derivados, representando 87,1% do total, com um crescimento de 37,9% em relação a julho. Por outro lado, as transações de futuros caíram 37,2%.

No mesmo período, o valor das ordens de residentes teve uma queda mensal de 32,3%, enquanto as ordens de não residentes apresentaram uma diminuição de 8,8%.

Em termos de execução, 70,6% das ordens recebidas foram realizadas em mercados regulamentados internacionais, 5,2% em mercados nacionais, 1,8% fora de mercado e 22,4% foram internalizadas. Quanto aos destinos das ordens executadas fora de Portugal, os Estados Unidos, Alemanha e França foram os principais, enquanto os títulos de dívida tiveram como principais destinos a Holanda, Reino Unido e França.

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