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Margens de lucro continuam a puxar pela inflação

Conselho de Finanças Públicas adianta que inflação deve ficar nos 4,7% este ano. Empresas não estão a esvaziar margens de 2022 e 2023.
inflação
23 Setembro 2024, 09h13

As empresas em Portugal ainda não reduziram as suas margens de lucro para acomodar subida dos salários, um encargo que acaba por se refletir nos preços e mantém a inflação elevada. O aviso é deixado pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) no relatório divulgado na semana passada, que lançou outros avisos, indica o “Jornal de Negócios”.

A entidade liderada por Nazaré Costa Cabral estima que o deflator do PIB deve ficar nos 4,7% este ano. Assim sendo, e com base nas perspetivas do CFP, a inflação portuguesa deverá ficar acima da da zona euro em 2024. “Esta variação do deflator do PIB é também explicada por variações das remunerações por trabalhador significativas (7,5% em termos homólogos no primeiro semestre) e as quais não têm sido compensadas por uma compressão das margens de luro, associadas aos excedente bruto de exploração”, cita o “Negócios” na sua edição desta segunda-feira.

Isto significa, de acordo com a publicação, que as empresas não estão a esvaziar as margens acumuladas em 2022 e 2023 com a subida dos salários, o que repercute o custo extra nos preços para os clientes. As estimativas é que a inflação se fixe nos 2,7% até ao fim do ano, atingindo apenas os 2% em 2027.

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