As empresas em Portugal ainda não reduziram as suas margens de lucro para acomodar subida dos salários, um encargo que acaba por se refletir nos preços e mantém a inflação elevada. O aviso é deixado pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) no relatório divulgado na semana passada, que lançou outros avisos, indica o “Jornal de Negócios”.
A entidade liderada por Nazaré Costa Cabral estima que o deflator do PIB deve ficar nos 4,7% este ano. Assim sendo, e com base nas perspetivas do CFP, a inflação portuguesa deverá ficar acima da da zona euro em 2024. “Esta variação do deflator do PIB é também explicada por variações das remunerações por trabalhador significativas (7,5% em termos homólogos no primeiro semestre) e as quais não têm sido compensadas por uma compressão das margens de luro, associadas aos excedente bruto de exploração”, cita o “Negócios” na sua edição desta segunda-feira.
Isto significa, de acordo com a publicação, que as empresas não estão a esvaziar as margens acumuladas em 2022 e 2023 com a subida dos salários, o que repercute o custo extra nos preços para os clientes. As estimativas é que a inflação se fixe nos 2,7% até ao fim do ano, atingindo apenas os 2% em 2027.
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