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Linha da Beira Alta: IP vai reabrir troço ferroviário entre Gouveia e Guarda

O responsável da IP revelou que este primeiro troço deverá ser utilizado, na sua maioria, por comboios de passageiros e avança que a CP manifestou o interesse em divulgar o novo serviço ferroviário de passageiros entre as duas cidades.
30 Setembro 2024, 23h24

O percurso entre Gouveia e a Guarda será o primeiro troço ferroviário da Linha da Beira Alta a ser reaberto, já no final de outubro, anunciou Henrique Teles, diretor da IP – Infraestruturas de Portugal, , durante a Conferência Intermodal Portugal, no âmbito da Porto Maritime Week.

Henrique Teles, que falava no painel “A ferrovia nas cadeias logísticas”, salientou que “julgamos poder abrir a Linha da Beira Alta em toda a sua extensão, entre a Pampilhosa e Vilar Formoso, no final do primeiro trimestre de 2025, em condições comerciais normais para comboios de passageiros e mercadorias”.

O responsável da IP adiantou que este primeiro troço deverá ser utilizado, na sua maioria, por comboios de passageiros e avança que a CP manifestou o interesse em divulgar o novo serviço ferroviário de passageiros entre as duas cidades.

Henrique Teles revelou que “iremos abrir a Linha da Beira Alta com a sinalização antiga. A nova sinalização apenas vai estar pronta no final de 2025”.

O responsável da empresa pública que faz a gestão da rede rodoviária e ferroviária, disse que a abertura deste primeiro troço “não irá beneficiar particularmente o transporte de mercadorias, no entanto quando a modernização da Linha da Beira Alta estiver completa irá permitir disponibilizar dez novas estações para cruzar comboios com 750 metros, aumentar substancialmente a capacidade de escoamento da rede ferroviária nos eixos de acesso internacionais e reduzir o custo de transporte por unidade transportada”.

Quanto aos atrasos na abertura da Linha, que se encontra encerrada desde 2022 e que é um projeto na ordem dos 600 milhões de euros, Henrique Teles confessou que a IP foi “um pouco otimista quando fez o planeamento da obra”.

Por outro lado, acrescenta, “não nos queremos desculpar com a Guerra na Ucrânia e com a pandemia, mas estes acontecimentos não ajudaram em nada à conclusão desta obra. Uma obra complexa com muitas empreitadas e subempreitadas”.

A quinta edição da Porto Maritime Week, que já é considerado o principal ponto de encontro dos principais stakeholders do setor marítimo-portuário e logístico foi um enorme sucesso e reuniu mais de sessenta oradores nacionais e internacionais.

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