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Fitch: “Estamos muito mais confiantes sobre a descida da dívida pública em Portugal”

A descida o défice público de 7% do PIB em 2014 para menos de 1% no ano passado ajudou a tornar Portugal “numa história maravilhosa do ponto de vista de notação”, explicou Douglas Winslow, diretor de ‘ratings’ soberanos da agência. O peso da dívida permanece a maior fraqueza, mas está a atenuar, sublinhou.
Reinhard Krause/Reuters
24 Janeiro 2019, 11h00

O peso da dívida pública continua a ser o ‘calcanhar de Aquiles’ da notação de Portugal, afirmou esta quinta-feira o diretor de notações soberanas da Fitch, sublinhando, no entanto, que a agência está agora muito mais confiante sobre a tendência de descida do endividamento.

Douglas Winslow recordou, numa conferência organizada pela Fitch em Lisboa, que a agência em dezembro de 2017 fez um upgrade da notação soberana portuguesa em dois níveis, para BBB com perspetiva estável. A decisão na altura mostrou que a Fitch já estava mais positiva que as restantes principais agências de rating, afirmou.

“Claro que isto [o peso da dívida] continua a ser uma fraqueza em termos de notação, mas claramente estamos agora muito mais confiantes que a dívida pública de Portugal está numa tendência descendente”, sublinhou.

Winslow referiu que Portugal tem um excedente na conta corrente e que o equilíbrio orçamental está muito mais saudável, mas reiterou que “os stocks exepcionalmente elevados de dívida pública continuam a representar a fraqueza principal em termos de notação”.

Em relação ao défice público, o diretor da Fitch salientou que desceu de 7% do Produto Interno Bruto em 2014 para menos de 1% no ano passado, o que ajudou a tornar Portugal “numa história maravilhosa do ponto de vista de notação”.

Winslow explicou que parte do mérito reside nas políticas de consolidação orçamental e outra parte no crescimento cíclico da economia.

 

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