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Moçambique: Presidente da CNE diz que votação arrancou em todo o país

As eleições gerais de hoje incluem as sétimas presidenciais – às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos – em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
9 Outubro 2024, 09h27

O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, Carlos Matsinhe, garantiu esta manhã que a votação para as eleições gerais de hoje arrancou em todo o país, embora admitindo “problemas de caráter logístico” em alguns locais.

“O que tenho a dizer neste momento é que a votação arrancou em todo o país e nós queremos apelar a que todos os cidadãos com o direito de votar se façam às urnas para poderem exercer o seu direito e que façam isso de uma maneira ordeira e pacífica”, disse Carlos Matsinhe, em declarações aos jornalistas após votar, em Maputo.

Na capital moçambicana registam-se atrasos na abertura de algumas assembleias de voto, que o presidente da CNE justifica com “problemas de caráter logístico”.

As eleições gerais de hoje incluem as sétimas presidenciais – às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos – em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

“Da mesma maneira que fizemos uma campanha pacífica vamos também fazer essa votação de forma pacífica. Depois de votação cada um deve regressar a casa e esperar os resultados”, disse ainda Carlos Matsinhe.

As mesas de votação nas eleições gerais moçambicanas começaram a abrir às 07:00 (06:00 em Lisboa) de hoje, com ligeiros atrasos em alguns pontos, e vão funcionar até às 18:00.

A CNE recenseou 17.163.686 eleitores para esta votação, incluindo 333.839 que vão votar em sete países africanos e dois europeus.

Concorrem à Presidência da República Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceira força parlamentar), Daniel Chapo, com o apoio da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde 1975), Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido extraparlamentar Podemos, e Ossufo Momade, com o apoio da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, maior partido da oposição).

A publicação dos resultados da eleição presidencial pela CNE, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias, antes de seguirem para validação do Conselho Constitucional, que não tem prazos para proclamar os resultados oficiais após analisar eventuais recursos.

A votação inclui legislativas (250 deputados) e para assembleias provinciais e respetivos governadores de província, neste caso com 794 mandatos a distribuir. A CNE aprovou listas de 35 partidos políticos candidatas à Assembleia da República e 14 partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores às assembleias provinciais.

As eleições contam com mais de 184.500 membros de mesas de voto, distribuídos pelos 154 distritos do país (180.075) e fora do país (4.436).

Em Moçambique vão funcionar 8.737 locais de voto e no estrangeiro 334, correspondendo a 25.725 mesas de assembleia de voto no país e 602 assembleias no exterior (África do Sul, Essuatíni, Zimbabué, Zâmbia, Maláui, Tanzânia, Quénia, Alemanha e Portugal), cada uma com sete elementos.

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