Combustíveis vão acelerar receita fiscal para compensar alívio do IRS
O descongelamento da taxa de carbono que incide sobre o preço do gasóleo e da gasolina vai permitir ao Estado um aumento de cerca de 700 milhões de euros na receita do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP). De acordo com a manchete do “Correio da Manhã” esta quinta-feira, está encontrada a fórmula para compensar o esforço do Estado relativamente ao alívio do IRS.
Destaca o “CM” que a subida do preço dos combustíveis, definida como um aumento expressivo da receita fiscal obtida com o ISP, deverá compensar mais de metade do esforço do Estado para que seja possível o prometido alívio do IRS.
Com a subida do ISP em cerca de 20%, em comparação com o valor de 2024, a receita com a venda de combustíveis em Portugal vai aumentar cerca de 700 milhões de euros, um montante que representa mais de 60% do alívio fiscal que se prevê no IRS. Note-se que este alívio está calculado em 1,1 mil milhões de euros em 2024 e 2025.
O descongelamento da taxa de carbono pode acontecer numa altura particularmente sensível do panorama energético global, com o Médio Oriente a viver um período de turbulência que deve afetar o preço do petróleo.
O Goldman Sachs prevê que os preços do petróleo possam subir 20 dólares se a produção do Irão sofrer algum tipo de impacto, tendo em consideração um conflito entre o Irão e Israel.
O co-diretor do Goldman Sachs, para a área da pesquisa de commodities, Daan Struyven, disse, citado pela CNBC, que se houvesse “uma queda sustentada de um milhão de barris por dia” na produção do Irão isso poderia levar a um aumento dos preços do petróleo em 20 dólares.
Esta previsão, explicou o responsável pelo Goldman Sachs, parte do princípio de que a OPEP+ não aumente a produção.
