A casa de luxo francesa Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH) esteve a afundar hoje mais de 7% na bolsa de Paris perante o aumento da carga fiscal em França.
A companhia liderada por Bernard Arnault – a pessoa mais rica da Europa – deverá vir a pagar mais 700 a 800 milhões de euros em novos impostos com a nova medida do Governo francês com o objetivo de aumentar as receitas para aliviar as contas públicas.
O executivo pretende aumentar os impostos sobre as 400 empresas que geram mais de mil milhões de euros de receitas por ano. O objetivo é angariar 8 mil milhões de euros no próximo ano e 4 mil milhões em 2026.
As contas foram apresentadas na terça-feira pelo administrador financeira da companhia sediada em Paris Jean-Jacques Guiony
Atualmente, a LVMH paga 4,5% dos seus impostos globais em França; com esta subida, a fasquia subiria para os 10%.
A medida deverá aliviar “receios” de que a empresa não está a contribuir para o “esforço orçamental”.
O primeiro-ministro Michel Barnier está a tentar restabelecer a ordem política e orçamental depois de meses de instabilidade política no país causada pela decisão do presidente Emmanuel Macron de dissolver a Assembleia Nacional e ir a eleições antecipadas, depois da derrota registada nas eleições europeias para Marine Le Pen.
Também o líder da produtora automóvel Stellantis criticou o aumento da carga fiscal. “Estamos a tomar uma decisão para o curto prazo que vai penalizar o médio prazo”, disse o português Carlos Tavares em entrevista à LCI TV, citado pela “Bloomberg”. O gestor não avançou com números do impacto.
Carlos Tavares também avançou que a Stellantis poderá proceder à redução de custos para enfrentar a concorrência chinesa. “Não vejo como podemos concorrer com empresas que são, tecnologicamente, tão boas ou melhores do que nós e 30% mais baratas, sem baixar os custos”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com