Cerca de 389 catástrofes naturais ocorridas em 2018 geraram um prejuízo económico de 224 mil milhões de dólares (196 mil milhões de euros), de acordo com o relatório anual “Weather, Climate & Catastrophe Insight” da autoria da Aon – uma organização global e diversificada que presta serviços especializados de consultoria de gestão de riscos.
Dos prejuízos totais identificados, 90 mil milhões de dólares foram cobertos por programas de seguros do setor privado e pelos governos, enquanto que as perdas económicas não cobertas por programas de seguros, foi de 40%, o nível mais baixo desde 2005.
Em Portugal, a Aon estima que o furacão Leslie tenha causado prejuízos económicos superiores a 100 milhões de euros, dos quais 87 milhões de euros dizem respeito a prejuízos seguros.
O ano de 2018 foi mais um ano ativo em desastres naturais, sendo que foram apenas seis episódios que causaram mais estragos. Registaram-se eventos com perdas de 43 mil milhões de dólares, ligeiramente acima da média anual. A indústria de seguros continua a suportar a maior parte dos custos com 605 mil milhões de dólares de capital, concentrando-se também em administrar o custo das mudanças e eventos climáticos, ajudando assim a estreitar a lacuna de déficit de proteção.
Os desastres naturais que mais prejuízos causaram foram os ciclones tropicais e as tempestades. Nesta categoria, incluem-se o furacão Michael e o furacão Florence (Estados Unidos), o tufão Jebi e o tufão Trami (Japão), o tufão Mangkhut (Filipinas, Hong Kong, China) e o tufão Rumbia (China). Como consequência, 2017 e 2018 foram os anos consecutivos mais caros já, tanto por perdas económicas em 653 mil milhões de dólares (572 mil milhões de euros) relacionadas com o clima, como por perdas seguradas em 238 mil milhões de dólares (208 mil milhões de euros).
Globalmente, outros eventos importantes durante o ano incluíram uma série de grandes incêndios no norte e sul da Califórnia. O evento que mais prejuízos causou foi o Camp Fire, no valor de 12 mil milhões de dólares, que também se tornou o mais mortífero e destrutivo incêndio já registado na Califórnia.
Entre os factos mais relevantes deste tipo de eventos está o reconhecimento de que o risco de catástrofe continua a evoluir. A combinação complexa de socioeconomia, mudanças na população e exposição em locais vulneráveis, para além de mudanças climáticas que contribuem para padrões climáticos mais voláteis, estão a exigir novas formas de lidar com a necessidade de medidas de mitigação e resiliência.
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