As ações da Mota-Engil caíram -4,47% para 1,944 euros; ao passo que as da Galp deslizaram -2,97% para 13,535 euros.
A reação negativa da Galp surge após a apresentação do trading update, e “foi condicionada também pela queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais”, diz a Mtrader. O Brent cai 3,39% para 59,55 dólares enquanto o WTI, nos EUA, tomba 4,27% para 51,40 dólares.
A Galp divulgou o trading update do 4ºtrimestre, onde se vê que a produção net entitlement (kboepd) subiu 13% em termos homólogos para os 111,7 mil barris diários; a produção working interest (kboepd) aumenta 12% para os 113,1 mil barris diários; as matérias-primas processadas (mmboe) tiveram queda de 32% para os 19,2; a venda de produtos refinados (mt) teve uma queda de 19% em termos homólogos para os 3,7; as vendas totais de GN/GNL (mm3) descem 9% para os 1.1725; a margem de refinação da Galp foi de $4,3 (-11% face a igual período do ano passado). Estes dados foram compilados pela MTrader.
A petrolífera apresenta os resultados do 4º trimestre no dia 11 de fevereiro.
Mas não foram as únicas ações a justificar a queda de 1,21% do PSI 20, que fechou nos 5.089,92 pontos. As ações da Sonae tombaram -2,63% para 0,926 euros; a Semapa desceu -2,23% para 14,880 euros; e a Navigator caiu -2,08% para 4,152 euros.
Hoje o BiG divulgou uma nota onde refere que “com base nas estimativas revistas, a meta de preço da Navigator foi ligeiramente revista em baixa, para 5,84 euros, mas a recomendação Buy é mantida com um upside de 38%”, diz o banco português. “As estimativas para o 4º trimestre foram revistas em baixa para incorporar uma produção mais baixa devido ao furacão Leslie; a paralisação em Setúbal e custos de produção mais elevados”, diz o BiG.
De resto a Altri, a Corticeira Amorim, os CTT, todos caíram mais de 1% e o BCP desvalorizou -0,37%.
Destaque também para a EDP que caiu -0,71% para 3,073 euros, apesar da revisão em alta pelo Credit Suisse. Os investidores estão a apostar no chumbo da OPA.
No verde só fecharam a Pharol (+0,33%) no dia em que se soube que foi ao aumento de capital da Oi e fica com 5,51% da operadora brasileira; a Sonae Capital e a REN (ambas a subirem 0,23%).
As bolsas europeias fecharam em baixa esta segunda-feira, após quatro semanas de valorização consecutiva em praticamente todos os principais índices de ações do velho continente (DAX, Euro Stoxx 50, CAC, IBEX, PSI20, FTSE MIB).
O FTSE 100 caiu 0,91% para 6.747,1 pontos; o EuroStoxx 50 que perdeu 0,82% para 3.137,27 pontos; o CAC 40 que deslizou 0,76% para 4.888,58 pontos; o Dax tombou 0,63% para 11.210,31 pontos; o FTSE MIB que caiu 1,02% para 19.608,13 pontos e o IBEX que fechou em queda de 1,34% para 9.062,4 pontos.
“O reduzido flow macroeconómico e o sentimento negativo vindo das congéneres asiáticas são fatores que levam os investidores a fazerem uma pausa, sendo natural que os de mais curto prazo aproveitem para encaixar mais-valias”, justifica o analista da Mtrader Ramiro Loureiro.
Em termos macroeconómicos destaque para os dado do instituto alemão Ifo que diz que a confiança das empresas entre os exportadores alemães piorou novamente. “As expectativas de exportação da indústria caíram para 5,9 pontos em janeiro, face aos 8,7 pontos em dezembro. O novo ano é marcado por preocupações entre os fabricantes alemães”, diz o Ifo.
“A expetativa na indústria automóvel, registada em dezembro, desapareceu no início do ano. A perspectiva piorou notavelmente. O mesmo se aplica à indústria química. Dificilmente é esperado qualquer crescimento nas exportações de outros dois setores-chave, como a indústria elétrica e a engenharia mecânica. Por outro lado, é esperado crescimento na indústria de alimentos e para os fabricantes de papel. A indústria farmacêutica também espera aumentar as vendas externas”, lê-se na nota do Ifo.
No mercado de dívida pública, os juros alemães subiram 1,2 pontos base para 0,205%; Portugal compara bem ao ver os juros soberanos caírem 0,1 pontos base para 1,648%. Os juros espanhóis caíram 1,1 pontos base para 1,220%. Já os juros de Itália subiram 1,6 pontos base para 2,665%.
O euro sobe 0,23% para 1,1432 dólares.
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